Cerca de um milhar de trabalhadores científicos desfilam contra a precariedade na Ciência
Cerca de um milhar de trabalhadores científicos desfilaram esta quarta-feira pela Avenida 24 de Julho, em Lisboa, até à Assembleia da República para exigir o fim da precariedade na Ciência e um efetivo reforço do investimento no Ensino Superior e na Ciência já no Orçamento do Estado para 2025.
Depois da grande manifestação de 2023, os trabalhadores científicos voltaram a sair à rua, pois, como sublinhou Tiago Dias, coordenador do Departamento do Ensino Superior e Investigação da FENPROF, à chegada ao Parlamento, "está provado que, sempre que nos unimos, sempre que lutamos juntos, conseguimos ganhos".
Ensino Superior e Ciência: Um orçamento sem ambição, nem visão estratégica
O Orçamento do Estado para 2025, em relação ao Ensino Superior e à Ciência apenas dá uma garantia, a de que o subfinanciamento do setor se irá manter. Em termos absolutos, o MECI aponta para um crescimento de 3%, o que é manifestamente insuficiente face aos níveis previstos de inflação, na ordem dos 2%, e aos problemas que continuam a afetar as IES, bem como os docentes e os investigadores.
A concentração e manifestação de docentes e investigadores que se realizará no próximo dia 23 de outubro será, também, um protesto face a um orçamento tão débil como aquele que o governo apresentou para o Ensino Superior e a Ciência.
Um orçamento desfasado das necessidades de desenvolvimento do Ensino Superior e da Ciência e que o futuro governo deve melhorar
O Orçamento do Estado para 2024 ficou aquém das necessidades do país e das intituições de Ensino Superior e de Ciência. Exige-se ao futuro governo uma nova estratégia que ponha termo ao subfinanciamento crónico no Ensino Superior e Investigação, condição necessária para a resolução dos principais problemas que há décadas afetam o setor.
FENPROF contra a Proposta do Orçamento do Estado para 2024
O governo e o ministério da Educação desdobram-se em tentativas para fazer passar a ideia de que este é um bom Orçamento do Estado e que, com ele, conseguem resolver os principais problemas.
Aquilo que se verifica é que esta proposta de OE para a Educação fica muito longe dos 6% do PIB, que Portugal tem defendido, a nível oficial, em diversos espaços internacionais. O Orçamento para o ensino básico e secundário não chega aos 3% do PIB e, se lhe juntarmos a educação pré escolar e o ensino superior, não chegará aos 5% do PIB.
FENPROF reivindica reforço orçamental para ingresso na carreira de investigadores em precariedade
A FENPROF exige o reforço da dotação orçamental das Instituições do Ensino Superior públicas para a criação de lugares de carreira destinados ao cumprimento da legislação do emprego científico e a assegurar, sem discriminação, oportunidades de ingresso nas carreiras aos investigadores em situação de precariedade. Uma petição em apoio desta proposta, para consideração na Lei do Orçamento do Estado para 2023, será entregue no dia 10 de novembro.
FENPROF reúne com MCTES: Problemas dos docentes, dos investigadores e das instituições, bem como o OE para 2023 preencherão a agenda
A FENPROF reúne na sexta-feira, dia 14 de outubro, pelas 10:00 horas, com a equipa ministerial da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, no Palácio das Laranjeiras.
Esta será uma importante reunião, na qual a FENPROF pretende, à cabeça, debater um protocolo negocial para a legislatura, com o objetivo de dar resposta a diversos problemas que afetam os setores do Ensino Superior e da Ciência.
Falta de verbas ameaça quatro universidades, alerta o Presidente do CRUP
Universidades e politécnicos têm saldos congelados de 393 milhões
Há 393 milhões de euros de saldos "retidos" por conta da regra de equilíbrio orçamental. O dinheiro pertence às universidades e politécnicos, mas as instituições só podem tocar-lhes para pagar os 7,5% de contribuições para a Caixa Geral de Aposentações e pouco mais (JN,13/11/2007)
"O Governo transfere anualmente para universidades norte-americanas verbas superiores às que transfere para algumas universidades portuguesas"
Cinco institutos politécnicos não têm dinheiro para funcionar
E outros três, em Lisboa, Castelo Branco e Leiria, precisam de dinheiro para pagar as obras já feitas, denunciou (7/11/2006) o presidente do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, no Parlamento.
Governo insiste em cortes orçamentais
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior anunciou que todas as instituições públicas de Ensino Superior iriam sofrer um corte para 2007 de pelo menos 5% nos seus orçamentos de funcionamento, relativamente aos iniciais de 2006
FENPROF denuncia cortes de 16% no Ensino Superior e exige o aumento significativo das dotações para funcionamento e para investimento
A FENPROF reclama a imediata alteração desta política de asfixia financeira do ensino superior público, com a consagração no O.E 2007 de dotações para funcionamento e investimento em correspondência com o papel estratégico mundialmente reconhecido ao Ensino Superior.