Como a FENPROF afirmou em primeira reação, este é um plano sem ambição, incapaz de dar resposta ao problema da falta de professores, que resulta da desvalorização a que a profissão docente chegou (salários, carreira, precariedade, condições de trabalho...), afastando os jovens e provocando um súbito envelhecimento; mas também sem capacidade para dar resposta ao problema imediato – o previsível aumento de alunos sem, pelo menos, um professor, no próximo ano letivo –, pois depende da existência de interessados pelo que é proposto. Mesmo que se preenchessem todas as "vagas" anunciadas, continuaria aquém das necessidades.
São muitos os aspetos que o PowerPoint apresentado pelo governo não esclarece; são muitas as matérias que, para serem aprovadas, carecem de negociação prévia, que é obrigatória por lei. Portugal não voltou a entrar em estado de emergência, portanto, o governo não está dispensado dos procedimentos relativos à negociação, designadamente de remunerações adicionais, regimes de contratação, horários de trabalho ou ingresso na carreira.
No início da semana, a FENPROF pediu uma reunião ao ministro, a realizar com caráter de urgência, que ainda não foi convocada.
Para uma apreciação das medidas anunciadas pelo Ministério, das suas insuficiências e das diligências já desenvolvidas, a FENPROF convida os/as senhores/as jornalistas a participar numa Conferência de Imprensa a realizar no dia 20 de junho (5.ª feira), às 11:00 horas, em Lisboa.
Na Conferência de Imprensa serão prestadas duas breves informações: uma relativa à Mobilidade por Doença, que será tema de reunião no Ministério em 26 de junho, e outra sobre o processo de recuperação do tempo de serviço.
Lisboa, 18 de junho de 2024
O Secretariado Nacional da FENPROF