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Apelo

PIC NIC contra a Precariedade e o Desemprego

15 de junho, 2012

Dia 14 de Julho – Sábado

“A precariedade e o desemprego são para combater, não para aceitar! Queremos trabalho. Exigimos Direitos!”

Apelamos a todos os jovens trabalhadores para uma grande participação numa iniciativa de combate à precariedade e ao desemprego. Com a nossa participação e com a acção, é possível derrotar estas políticas e exigir trabalho com direitos.

Apelamos à união de todos, independentemente dos seus vínculos, estejam a trabalhar ou desempregados para que participem no PIC NIC contra a Precariedade e o Desemprego, demonstrando que não aceitamos este caminho, que estamos disponíveis para resistir à destruição dos nossos direitos e da nossa vida, que “A Precariedade e o Desemprego não são para aceitar, são para combater! “

Hoje, no nosso país:

Mais de 80% das novas contratações são feitas com recurso a vínculos precários, preenchendo-se milhares de postos de trabalho permanentes com trabalhadores com contratos a prazo e com falsos recibos verdes.

Mais de 35% dos jovens estão desempregados, sendo que apenas 29, em cada 100, recebem subsídio de desemprego.

Mais de 60% dos jovens vêem-se obrigados a viver em casa dos pais por não ganharem o suficiente para fazer frente às despesas mais básicas.

Mais de 400 mil trabalhadores recebem o salário Mínimo Nacional, que, depois dos descontos para a Segurança social, faz com que estes trabalhadores, na sua maioria jovens, vivam com um valor abaixo do limiar da pobreza no nosso país (432 euros por mês).

Mais de 60% dos jovens até aos 35 anos vivem com um salário que não chega aos 600 euros o que, juntamente com os números do desemprego, com a Precariedade e a falta de autonomia que se generaliza, representa uma das causas fundamentais que impede o desenvolvimento de novas famílias.

Os bolseiros de investigação científica, sem direito a contratos de trabalho, mesmo quando preenchem necessidades permanentes das

Instituições, e cujas remunerações não são actualizadas desde 2002, são o exemplo cabal de que a precariedade atinge todos os sectores da sociedade, incluindo os mais qualificados.

Confrontados com esta situação e com problemas graves de pressões nos locais de trabalho, os jovens resistem dentro das empresas, fazem greve e saem à rua, em fortes acções como as recentes comemorações do 25 de Abril e 1º de Maio.

Não podemos deixar de dar sentido às nossas exigências. Realizaremos um Grande PIC NIC de combate à Precariedade e ao Desemprego.

Uma acção de convívio e alegria, de luta e de exigência, onde se farão ouvir as vozes daqueles que não abdicam de ter uma palavra a dizer no desenvolvimento de um país que “também é para jovens!”

Nesta acção exigimos:

Medidas de real criação de emprego, que apostem na produção e no nosso melhor recurso – os trabalhadores, e não mais programas de ocupação.

  • O trabalho efectivo e com direitos. Não aceitamos a precariedade, os estágios não remunerados e as ocupações temporárias como soluções apresentadas para a promoção do emprego entre os jovens.

  • Se somos necessários todos os dias nas nossas empresas e locais de trabalho, exigimos “Que a um posto de trabalho Permanente, corresponda um vínculo de trabalho efectivo”.

  • O fim do encerramento dos Serviços Públicos que tem destruído, em todo o país, milhares de postos de trabalho e uma forte aposta na produção nacional.

  • O aumento real dos salários, nomeadamente o salário Mínimo Nacional, para que sejam possíveis o aumento do poder de compra e o crescimento económico e, consequentemente, a criação de mais postos de trabalho.

  • O fim do aumento e da desregulamentação dos horários de trabalho.

Os jovens pela sua capacidade, criatividade, formação e experiência de trabalho são essenciais ao desenvolvimento do país

Interjovem/CGTP-IN

ABIC (Associação dos Bolseiros de Investigação Científica)