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Professores voltaram à rua!

Manifestação 12 Julho

13 de julho, 2012

Eram já 17h15 quando a cabeça da manifestação promovida pela FENPROF, com concentração no Rossio, chegou ao largo da Assembleia da República, em São Bento, nesta quinta-feira, 12 de julho, o dia em que os professores voltaram à rua (“Apenas um ano depois da posse governo, aqui estamos para dizer que o que nos move não são as pessoas, os governos ou os partidos, mas políticas e medidas concretas”, como lembrou o Secretário Geral da FENPROF no arranque desta jornada).

Largos milhares de professores e educadores, oriundos de todas as regiões do país, responderam com determinação ao apelo da FENPROF e afirmaram alto e bom som que é preciso avançar na luta contra o desemprego docente e em defesa da estabilidade da escola pública, denunciando junto de todos os docentes - do Pré-Escolar ao Superior -, da comunidade educativa e da opinião pública as consequências da política de terra queimada do Ministério dirigido por Nuno Crato.

Como destaca a tomada de posição aprovada, "o desemprego e a instabilidade que no setor do ensino e investigação têm crescido muito acima da elevada média nacional, conhecerão em setembro um aumento nunca visto, criando um problema socialmente insustentável, com impacto extremamente negativo mas escolas e na educação em geral".

“O que tem sido feito a todos nós, trabalhadores da Educação e Investigação, é conhecido: roubos salariais, roubos dos subsídios, eliminação de direitos sociais e profissionais. Mas querem roubar-nos ainda mais: o nosso emprego que, para quem é contratado, será de imediato e para milhares dos quadros será através de um processo gradual que se inicia no horário-zero, passa pela mobilidade e também acaba na desgraça. Nunca o conceito de descartável foi tão adequado ao que este governo pensa e quer fazer aos docentes e investigadores”, lembrou Mário Nogueira.

"Contra o desemprego e a instabilidade. Os professores fazem falta nas escolas!",  lia-se no pano gigante que abria a manifestação, que, entretanto, ia engrossando à medida que avançava rumo à Calçada do Combro, para depois descer até São Bento. Durante o percurso e já depois frente à Assembleia da República foram ouvidas palavras de ordem como: "Emprego sim, desemprego não!", "É preciso, é urgente uma política diferente!"; "Escola pública - sim; privatização - não!", "Desemprego em Portugal é vergonha nacional" e "Oh governo ladroeiro dá para cá o nosso dinheiro!"

Manifesto aprovado