Os colegas da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) encontram-se em greve às avaliações desde o início de junho. Até ao presente, foram já dezenas as avaliações não realizadas. Havendo, naturalmente, consciência das múltiplas dificuldades que decorrem da greve, os docentes consideram que a situação que a ela obrigou tem de ser resolvida. Compete ao Ministério encontrar a devida resposta, aliás, concretizando o que o próprio ministro apontou, desde logo, em reunião com a FENPROF realizada em 18 de junho p.p..
Esta situação não é nova – o seu insuportável arrastamento está na origem do processo de luta em curso – e afeta muitos docentes de todas as Instituições de Ensino Superior (IES). De acordo com os estatutos de carreira, apenas aqueles que obtenham classificação máxima durantes seis anos seguidos sobem automaticamente de escalão. Para os restantes que tenham obtido os pontos necessários (sem ser em seis anos seguidos com menção de excelente), a sua progressão depende, de acordo com a interpretação das direções das instituições, de um despacho conjunto do governo que nunca foi publicado.
O ministro da Educação, Ciência e Inovação afirmou, no passado dia 18 de junho, perante a FENPROF, que o despacho não era necessário e que iria resolver a situação. Perante a ausência de resposta, e com a direção da ESEnfC a remarcar as provas, a greve foi prolongada até ao final do mês de julho, numa prova de grande determinação e coragem. A bola continua do lado do governo e é ele que pode e deve resolver de vez o problema do bloqueamento das progressões dos docentes do ensino superior!
Entretanto, o SPRC e a FENPROF lançaram um abaixo-assinado de solidariedade com esta luta que tem fortes razões para ser alargada, exortando o ministro a cumprir com a palavra dada.
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