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A FENPROF é a estrutura da CGTP-IN para o ensino superior e a investigação

FENPROF: estrutura da CGTP para o ensino superior e investigação

06 de fevereiro, 2012

Rui Salgado, coordenador do departamento de ensino superior e investigação da FENPROF, falando aos quase mil delegados e muitas dezenas de convidados presentes no XII Congresso da CGTP-IN, identificou a FENPROF como a estrutura da CGTP para o Ensino Superior e a Investigação Científica.

Uma afirmação muito importante, até do ponto de vista estratégico para o protagonismo que a CGTP e a FENPROF terão de assumir para o setor, num “tempo em que os problemas que sentimos no Ensino Superior decorrem, antes de mais, do ataque generalizado ao Estado Social, a todos os professores e a todos os que vivem do seu trabalho”. Para Rui Salgado, tal facto “torna ainda mais evidente a importância de inserirmos a nossa atividade específica no quadro da maior e mais representativa organização sindical dos professores portugueses, e no quadro da CGTP, a grande central sindical dos trabalhadores portugueses”.

No Congresso da CGTP-IN, lembrou que “os cortes no Orçamento de Estado para o ensino superior atingem, em 2012, um valor global superior a 250 milhões de euros, o que corresponde a um corte médio de 22% nas transferências do Estado. Uma das medidas do brutal desinvestimento no Ensino Superior e na Ciência” E acrescentou:

“A fatia maior deste corte está, como sabemos, a ser suportada diretamente por todos e cada um dos docentes e investigadores que com o seu trabalho contribui para a formação avançada das novas gerações, para fazer avançar o conhecimento científico, para o desenvolvimento cultural e tecnológico do país e das suas regiões. A outra parcela do corte, até no dizer dos Reitores, coloca as instituições “em situações extremas, não só quanto à exequibilidade da sua missão, como também no que respeita ao desempenho que das mesmas se espera”.

Enumerando as consequências imediatas desta política, chamou a atenção, em particular, para “o despedimento, pela via da não renovação de muitos contratos, de docentes convidados, a redução das condições dos contratos, o alastramento das situações de elevada precariedade, a redução do período de vigência de muitos contratos”. Segundo o coordenador da FENPROF, “com o despedimento destes docentes, diminui a ligação do Ensino Superior a muitas realidades profissionais e a qualidade do ensino, com o aumento do número de alunos por turma, vem a degradação de equipamentos didáticos e laboratoriais e a sobrecarga do trabalho dos atuais docentes.”

No Congresso da CGTP-IN, este dirigente, que é também da direção do Sindicato de Professores da Zona Sul do país, apontou algumas prioridades da intervenção da FENPROF: a defesa do reforço da ação social escolar, a urgente renovação dos quadros docentes e investigadores, o aproveitamento das potencialidades de uma nova geração de jovens altamente qualificados em que o país investiu, contra o desbaratamento de recursos, os cortes salariais, a não progressão nas carreiras.

Em nome da FENPROF, assumiu que tudo será feito para incentivar a participação dos docentes do ensino superior e dos investigadores na luta pela escola publica, pelo desenvolvimento da ciência e do país.