Portugal teve, nos últimos anos, um crescimento acentuado do número de investigadores, entre os quais se encontram bolseiros de doutoramento e pós-doc (muitos dos quais com sucessivos contratos ao abrigo de projetos de investigação, logo em situação de grande precariedade) que, com o seu trabalho, elevaram significativamente o nível de produção científica nacional.
Porém, a FCT, com a adoção de medidas restritivas que vão ao encontro das orientações políticas do governo/MEC/SEC, entre as quais assume particular relevo a "suposta" avaliação dos centros de investigação, comprometeu o funcionamento de muitas unidades de I&D, a produção de conhecimento, a agenda nacional de investigação e o futuro de milhares de investigadorese bolseiros.
É incoerente a ação da SEC/FCT relativamente ao discurso de necessidade de maior investimento e desenvolvimento da Ciência, pois o que assistimos é ao afastamento de inúmeros investigadores, que acabam por ser empurrados para fora do país. Em Portugal, persiste uma estratégia de enfraquecimento da capacidade e diversidade da produção científica nacional, que vai ficando cada vez mais dependente de fundos comunitários e de iniciativas privadas. Isto é, o governo português, também neste domínio, tem vindo a trilhar um caminho que não é desejável.
Que futuro? Que mudança? Que correção para os erros? Que disponibilidade para reverter a situação?
Estas são perguntas que a FENPROF colocará à nova presidente da FCT na reunião marcada para dia 15 de Maio, às 11H00, na sede da FCT.
O Secretariado Nacional da FENPROF
11/05/2015