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Grande manifestação nacional – Lisboa – 11 de fevereiro

11 de Fevereiro: Manifestação Nacional

06 de fevereiro, 2012

As políticas neoliberais levadas a cabo pelos últimos governos permitiram a consolidação do tráfico de influências entre os senhores do capital e os políticos do “arco de governação”, a gestão desastrosa no BPP e BPN, as negociatas das Parcerias Público-Privadas, os investimentos e negócios ruinosos, a subversão das funções do Estado, a captura do Estado pelo capital, a privatização de empresas estratégicas, etc. …

Estas políticas, ao mesmo tempo que criaram as condições para o enriquecimento imoral, e (muitas vezes), de poucos, lançaram na pobreza milhares de trabalhadores e suas famílias. O papel central do trabalho no crescimento económico foi esquecido e substituído pelo endeusado capital.

O país vive, assim, num clima de aprofundamento das desigualdades e numa espiral de recessão económica. O Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF), negociado com o FMI, BCE e Banco Central e agora, tão zelosamente, implementado pelo governo, é um plano de empobrecimento do país, é um plano de destruição do modelo social que tão arduamente foi conseguido, é um plano de submissão aos interesses do capital financeiro e especulativo. O Memorando da troika, como é vulgarmente conhecido, sob a capa de uma suposta ajuda desinteressada, reservou para si largos milhões de euros só para pagamento de juros e de assessoria técnica. É caso para dizer que a “ajuda é paga a peso de ouro”! O PAEF da troika contribui fortemente para aprofundar a crise económica e social ao retirar vastos recursos que poderiam ser utilizadas para o relançamento da economia nacional e são assim drenados para o estrangeiro … quem ganha com a crise são uma vez mais a banca e a Alemanha …

As potências europeias que promoveram o desmantelamento da produção nacional, assegurando assim mercado e ganhando milhões e milhões de euros em troca de uns escassos fundos comunitários, estão a ganhar também com a crise ao emprestarem meios financeiros com juros de agiota, isto é, à crise acrescentam crise … Mas, não é tudo. Não contentes vêm agora impor uma regra de ouro (défice ao nível máximo de 0,5% do PIB) que vai agravar ainda mais a recessão e dificultar o relançamento da economia nacional.

Se à Estratégia Orçamental e ao Orçamento de Estado, enquanto condensado de malfeitorias – aumento generalizado de impostos, diminuição das prestações sociais – se acrescentar a desregulamentação do mercado de trabalho, a precarização do emprego, o aumento generalizado dos preços, o elevado encerramento de empresas e instituições ficamos com um quadro que exige uma resposta de todos os trabalhadores.

Os professores e investigadores não são imunes às políticas prosseguidas pelo governo:

- Temos os salários reduzidos;

- Os subsídios roubados;

- As progressões bloqueadas

- Concursos insuficientes;

- Uma Carreira de investigação sem perspectivas

- Docentes convidados a serem despedidos

- A aposentação, que já vai nos 65 anos, cada vez mais curta;

- Os impostos agravados;

- Condições de trabalho que se degradam

- Menos financiamento para a ciência

- O custo da água, da eletricidade, dos combustíveis, das portagens, dos transportes, da alimentação, da saúde, do estudo dos filhos… tudo está mais caro!

Neste quadro de profundo retrocesso não podemos ficar parados! Temos de dizer Não a estas políticas desastrosas e de empobrecimento! Temos de juntar a nossa força, a força de quem trabalha!

Vamos todos participar na Manifestação/Concentração de protesto no dia 11 de fevereiro, em Lisboa!

 Vamos transformar o Terreiro do Paço no Terreiro do Povo!