Marcha da Indignação - 8 de Março 2008
Terreiro do Paço transformou-se em Terreiro da INDIGNAÇÃO!
Do Marquês à Praça do Comércio, 100 000 em defesa da dignidade profissional docente

Ultrapassando todas as expectativas, 100 000 docentes (leu bem: cem mil, número confirmado às 17h25 pelos sindicatos e mais tarde pelo Comando da PSP) desfilaram no sábado, 8 de Março, no coração de Lisboa, reafirmando, num ambiente impressionante de unidade e firmeza, que "assim não se pode ser professor" e que "a escola pública não aguenta esta política". Mesmo que os governantes, a começar pela Ministra da Educação e pelo Primeiro Ministro, tivessem hibernado neste 8 de Março, ouviriam certamente o protesto gigantesco dos educadores e professores portugueses, presentes nesta Marcha da Indignação, a maior manifestação de sempre do sector da Educação. Um oceano de revolta inundou o Terreiro do Paço: é tempo de respeitar os professores e de pôr fim a uma política que os desrespeita e desconsidera./JPO
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Ver imagens - actualizado em 18-03-2008
Reportagem fotográfica de: Ana Alzira, Carlos Ferreira , Estela Santos, Euclides Carqueijo, Fava dos Santos, Felizarda Barradas, Fernando Barão, Fernando Vicente, Francisco Miguel, Hélder Rodrigues, Isabel Feio, João Paulo Silva, João Pedro Gaspar, Jorge Caria, JPO, Luís Viana, Margarida Abrantes, Paulo Machado e Rita Pires
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"Está na hora, está na hora da ministra ir embora" foi uma das palavras de ordem mais ouvidas ao longo e compacto desfile entre o Marquês de Pombal e o Terreiro do Paço |
Mais de três horas e meia de desfile
Uma das notas de reportagem mais salientes, que, diga-se de passagem, impressionou muitos dos jornalistas que acompanharam a Marcha, foi a solidariedade de milhares de lisboetas que ao longo do percurso saudaram com fortes aplausos e palavras de incentivo a passagem da manifestação, que tinha à cabeça os dirigentes das organizações que integram a Plataforma Sindical, entre os quais o secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira. / JPO | |
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Ecos na comunicação social |
Maior manifestação de sempre na Educação pintou Lisboa de negro
Cerca das 18h50, o Terreiro do Paço encontrava-se praticamente cheio, enquanto uma densa mole humana preenchia ainda os últimos dois quarteirões da Rua do Ouro."Neste momento, depois desta manifestação impressionante, dizemos que a actual equipa ministerial não tem condições para continuar", afirmou Mário Nogueira, sublinhando que "não é possível ter alguém à frente do Ministério que tem, contra si, dois terços dos professores". | |
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Semana nacional de luto nas escolas (10 a 14 de Março), tomadas de posição, abaixo-assinado, segundas-feiras de protesto, Dia D (de Debate) e campanha em defesa do horário de trabalho |
Professores e educadores reafirmam determinação para prosseguirem a luta
Os professores e educadores portugueses reafirmam (na Marcha de 8 de Março) a sua profunda indignação e, por esse motivo, reafirmam, também, toda a sua determinação para prosseguirem a luta, anunciando, desde já, a promoção, ao longo do 3º período, das "Segundas-feiras de Protesto", como forma de iniciar cada semana de trabalho. Os professores concentrar-se-ão em locais públicos, como têm feito, e manifestar-se-ão de acordo com o seguinte calendário: 7 de Abril - iniciativa para divulgação do calendário das acções e locais de concretização; 14 de Abril - protestos no Norte do País, em todas as suas capitais de distrito e em algumas das maiores cidades da região; 21 de Abril - protestos na região Centro; 28 de Abril - protestos na área da Grande Lisboa; 5 de Maio -protestos no Sul e nas Regiões Autónomas. Após esta ronda retomaremos o protesto pela mesma ordem (Da intervenção de Mário Nogueira, no Terreiro do Paço). | |
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Mário Nogueira: "Exigimos diálogo e negociação"
"Que fique claro: a nossa preocupação maior não é com a preparação da "guerra", mas com a preparação do futuro da profissão e da escola, logo, com a construção de propostas, sendo este o primeiro dia desse mesmo futuro que queremos melhor. E desde já nos comprometemos a construir uma nova proposta sobre avaliação do desempenho, a partir das que anteriormente apresentámos, provando, assim, que as alternativas ao modelo de avaliação imposto são não só possíveis, como desejáveis", observou o dirigente sindical. | |
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