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Eugénio Rosa

SNS continua a degradar-se e os portugueses a sofrerem devido à passividade e incapacidade do governo para tomar medidas adequadas

12 de maio, 2023

Um ministro da saúde palavroso que ilude os problemas, mas que não resolve nada, um diretor executivo do SNS que foi nomeado, mas que não aparece, um orçamento do SNS para 2023 que é enganador e insuficiente, e o SNS continua a degradar-se e os portugueses a sofrerem devido à passividade e incapacidade do governo para tomar medidas adequadas.

Neste Estudo o Dr. Eugénio Rosa conclui:

“Entre dez. 2021 e out. 2022, a dívida total do SNS a fornecedores aumentou de 1548 milhões € para 2350 milhões €, ou seja, em 800,7 milhões € (+51,7%). Para ocultar este enorme aumento da dívida total do SNS nos primeiros 10 meses de 2022, o governo, no documento que distribuiu aos deputados no debate do OE-2023, só referiu uma parte desta dívida – a dívida vencida – que era 1292 milhões € em agosto de 2022 (a total era 2194 milhões €), ocultando 45% da dívida total à própria Assembleia da República. Este enorme aumento da dívida deve-se ao subfinanciamento crónico do SNS, que tem de se endividar para poder funcionar. E o orçamento do SNS para 2023 não contém verbas para resolver este enorme endividamento. Os problemas que enfrenta o SNS não se reduzem nem se resolvem apenas com dinheiro. As enormes deficiências a nível de organização, de gestão, de responsabilização, de falta meios humanos e materiais, causados por uma tutela incapaz e por um diretor executivo que, apesar de nomeado, está ausente, e por leis anacrónicas, asfixiantes, burocráticas (a ADSE enfrenta as mesmas dificuldades de que tenho experiência vivida) também determinam a grave situação do SNS. Mas a falta de financiamento adequado é também um problema grave que o orçamento de 2023 não resolve; pelo contrário, vai agravar ainda mais como provamos.”

Leia aqui o estudo completo.