Estudos
Eugénio Rosa

O que espera os portugueses em 2023 - as ilusões criadas pelo governo e a dura realidade

23 de janeiro, 2023

Neste estudo o Dr. Eugénio Rosa mostra, utilizando apenas dados oficiais do INE, do IEFP e da Segurança Social, que a inflação elevada vai continuar em 2023 devido ao aumento dos preços da energia e dos cereais causado pela redução da oferta ao dispor dos países da U.E. e pelo aumento dos preços e dos custos dos transportes das importações dos EUA ( em out.2022, os preços dos produtos alimentares eram superiores em 20% aos de out.2021, e têm aumentado todos os meses, e os preços da energia eram superiores em 24,7%).

A escalada de preços tem sido agravada pela espiral de enormes receitas de impostos o que tem determinado uma perda contínua do poder de compra dos salários. Segundo o INE, em set.2022, os salários ilíquidos reais, ou seja, após a dedução do efeito corrosivo do aumento de preços, dos trabalhadores do setor privado já era inferior ao poder de compra de set.2021 em -3,9%, e as remunerações ilíquidas dos trabalhadores da Função Pública perderam 6,3% do seu poder de compra no mesmo período.

O crescimento económico trimestral em 2022 (variação do PIB de um trimestre para outro) tem sido inferior a 0,5%, o que significa que a economia portuguesa entrou praticamente em estagnação a caminho da recessão económica. Como consequência o número de desempregados que se inscrevem mensalmente nos Centros de Emprego aumentou, entre jun.2022 e out.2022, de 32.506 para 50580, e o desemprego real aumentou de 416.600 para 446700 segundo o INE no mesmo período, mas o número de desempregados a receber subsídio de desemprego diminuiu de 163772 para 161815, o que contribuiu para o aumento da pobreza.

Leia aqui o estudo completo.