
Greve nacional dos professores, marcada para esta quarta-feira, será uma das maiores de sempre!
Recorda-se que, a manter-se a intransigência do ME e do Governo, os professores levarão por diante outras acções que já se encontram previstas, como a vigília junto ao ME nos dias 4 e 5 de Dezembro e a realização de novas greves, por regiões, entre 9 e 12 de Dezembro (Nota de imprensa da Plataforma Sindical dos Professores, 2/12/2008).

Avaliação do Desempenho
O Governo tem procurado fazer passar a ideia de que os Sindicatos não querem negociar e não têm qualquer proposta para a avaliação do desempenho docente, o que é falso. Ficam aqui 13 perguntas e 13 respostas que ajudam a esclarecer as dúvidas.
Aos pais e encarregados de educação:
Porque estão os professores em luta?

Frio e chuva não diminuíram determinação dos educadores e professores do Sul
Em Évora, a manifestação decorreu em frente aos Paços do Concelho. Em Beja (foto), a acção, inicialmente convocada para o Largo de São João, acabou por decorrer no cine-teatro Pax Júlia devido ao mau tempo. Em Portalegre, os docentes reuniram-se na Praça da República, no centro da cidade. Também em Faro se ouviu o protesto dos professores e educadores e a certeza de um grande empenhamento para o êxito da greve de 3 de Dezembro. No Algarve e em Beja, as acções contaram com participação do secretário-geral da FENPROF, Mário Nogueira, que chamou a atenção dos docentes e da opinião pública para incapacidade política revelada pela ministra e pelos secretários de Estado face à situação que se está a viver nas escolas portuguesas. / JPO
Intransigência do ME impede resolução do problema que o opõe aos professores!
As organizações sindicais de professores, confrontadas com as declarações do Secretário de Estado Adjunto e da Educação, proferidas no final de uma reunião partidária, de que os Sindicatos não estariam disponíveis para negociarem uma saída para o problema da avaliação de desempenho, deixam um oportuno esclarecimento a toda a sociedade.
"Aqueles que estão no terreno, que percebem o que está a acontecer às escolas, rejeitam categoricamente o modelo de avaliação do ME"
"Esta intransigência da senhora Ministra está a prejudicar as escolas. Não acredito que dum lado haja uma pessoa (que diz) que tem razão e do outro mais de 120 000 que dizem o contrário... Até os números falam por si", registou Mário Nogueira, que lembrou ainda, a intensa participação dos educadores e professores nas concentrações realizadas no Norte, Centro, Grande Lisboa e Vale do Tejo (envolvendo nestes três dias cerca de 70 mil docentes), que prosseguem hoje no Sul, e, por outro. Realçou, também, o número crescente, em todas as regiões, de escolas e agrupamentos de escola que já suspenderam a avaliação (neste momento são já mais de 370).
Ainda hoje, a Plataforma Sindical dos Professores emitirá um comunicado na sequência das reuniões que as organizações sindicais mantiveram ao longo do dia com os responsáveis do Ministério da Educação./ JPO

Protesto à porta do ME reafirma exigência de suspensão de um modelo sem futuro
Lisboa com 5000 docentes, Setúbal com 2500, Santarém com 2000 e Caldas da Rainha com cerca de 1000, reforçaram, de forma significativa, a corrente que de norte a sul, reeditou o 8 de Novembro agora em concentrações nas capitais de distrito e noutras cidades.

Mais de 55 000 professores nas ruas do Norte e do Centro só nos dois primeiros dias dos protestos
4000 professores nas ruas de Viseu (vídeo) Na cidade de Coimbra o protesto juntou cerca de 8 000 educadores e professores |
Grande concentração em Braga (foto) Em Bragança praticamente todos os docentes em serviço no distrito estiveram na concentração! |
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Os professores regressaram aos protestos de rua, concretizando, assim, uma decisão tomada na histórica manifestação nacional de 8 de Novembro. Milhares de docentes manifestaram-se, na terça-feira, em várias cidades do Norte do País (só no Porto, estiveram concentrados 10 000) e depois, na quarta-feira, na região Centro, em defesa da sua dignidade profissional e de uma escola pública de qualidade. Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF e porta-voz da Plataforma Sindical, reiterou, nas intervenções proferidas, primeiro, nas concentrações do Porto e Braga, e depois, de Viseu e Coimbra, que apenas a suspensão do processo de avaliação voltará a trazer tranquilidade às escolas / Revista de imprensa. |
FENPROF apela à participação de todos os docentes nas concentrações distritais marcadas para esta semana em todo o país
Os Sindicatos estão em condições de iniciar negociações com vista à aprovação de um novo modelo que, no futuro, substitua o actual. Mas reafirmam que, em relação ao que vigora, não há entendimento possível que não seja no sentido da sua suspensão imediata. Essa é a posição da FENPROF, que colhe consenso na Plataforma Sindical dos Professores, é a posição dos professores e educadores e é a posição de um número crescente de escolas.
Manifestação dos Trabalhadores da Administração Pública, 21/11/08 em Lisboa: Imagens

Recusa do ME em suspender actual modelo de avaliação justifica o prosseguimento da luta dos professores
Na reunião realizada (21/11/2008), entre a FENPROF e a Ministra da Educação, não houve qualquer novidade, não tendo, sequer, sido entregue qualquer documento escrito contendo as propostas do Ministério da Educação. A Ministra limitou-se a enunciar as medidas já divulgadas em conferência de imprensa, confirmando que: aos professores avaliados aplicar-se-ão 10 dos 11 parâmetros de avaliação (excepção, este ano, ao dos resultados escolares e abandono); os professores avaliadores ficarão dependentes, apenas, da avaliação feita pelos presidentes dos conselhos executivos; aos presidentes dos conselhos executivos aplicar-se-ão as regras previstas no SIADAP. A FENPROF reafirmou a exigência de suspensão imediata do processo de avaliação, manifestando disponibilidade para iniciar, desde já, o processo negocial de revisão do actual modelo de avaliação. A Ministra reafirmou apenas admitir ajustamentos ao modelo imposto.

SIMPLEX na avaliação não muda o modelo
A FENPROF considera, e reafirmará hoje, perante a Ministra da Educação, que só a suspensão deste modelo de avaliação do desempenho permitirá o clima indispensável para a sua substituição, efectivamente negociada, por outro que contribua para a valorização do desempenho dos docentes, porque essa é a vontade dos professores.
Professores rejeitam proposta de criação de "comissão de sábios" para a avaliação
Os deputados da oposição na Comissão Parlamentar de Educação e Ciência pediram (18/11/2008) a suspensão "imediata" do processo de avaliação dos professores, enquanto o PS se mostrou disponível para "melhorar" o actual modelo (Lusa, 18/11/2008)

Milhares de trabalhadores da Administração Pública manifestaram-se em Lisboa
No discurso que finalizou a manifestação (foto), Joaquim Jorge, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa, realçou a luta dos professores, dos enfermeiros e dos militares, sem descurar a importância dos outros quadros, deixando a "promessa" de que "a luta vai continuar". Garantiu ainda que os protestos não vão ficar por aqui: "não vamos dar por encerrada a nossa luta".
Plataforma Sindical anuncia intenso e mobilizador plano de acção e lutas até Janeiro
Dando conta das decisões tomadas na sua reunião da passada segunda-feira, dia 17, em Lisboa, onde analisou pormenorizadamente a actual situação no Ensino, "marcada pela extraordinária Manifestação de 8 de Novembro e pelo processo de suspensão da avaliação que está em curso nas escolas portuguesas", a Plataforma Sindical dos Professores anunciou um intenso e mobilizador plano de luta, que inclui, em Dezembro, Greve Nacional de todos os Professores e Educadores no dia 3; Vigilia em permanência (24 sobre 24 horas) nos dias 4 e 5; e greves regionais de 9 a 12. Na semana que começa a 15 de Dezembro, se não houver resposta favorável do ME quanto à suspensão da avaliação,serão accionados novos pré-avisos de greve, coincidindo com as avaliações dos alunos.
Em 19 de Janeiro, por ocasião dos dois anos de publicação do "ECD do ME", haverá nova Greve Nacional dos Professores, para encerrar todas as escolas do País nesse dia. "São urgentes mudanças políticas na Educação, num cenário que continua a ser marcado pela insensibilidade e teimosia da Ministra. Existe hoje um problema gravíssimo na Educação e a Ministra faz parte desse problema. Se não tem coragem para o resolver, dê lugar a quem a tenha", sublinhou Mário Nogueira no encontro com a comunicação social (foto), que decorreu ao fim da tarde desta segunda-feira, 17 de Novembro, em Lisboa. / JPO

Plataforma Sindical envia à Ministra da Educação reivindicações aprovadas pelos Professores
A Plataforma Sindical dos Professores, assumindo as decisões da Resolução aprovada no Marquês de Pombal, já as enviou à Ministra da Educação. As organizações que integram a Plataforma Sindical também já informaram Lurdes Rodrigues que suspendem a sua participação na comissão paritária de acompanhamento da aplicação da avaliação de desempenho.
Ministra da Educação não fala verdade!
Quem não fala verdade ao país e perde referências democráticas não reúne condições para, numa sociedade democrática, assumir responsabilidades políticas!

Greve Nacional dos Educadores e Professores para encerrar todas as escolas no dia 19 de Janeiro
Não está excluído o recurso a várias formas de luta, ainda no primeiro período lectivo, designadamente o recurso à Greve, caso o Ministério da Educação não suspenda a aplicação da avaliação de desempenho e não recue em matéria de concursos.