Sujeição às regras do SIADAP impede ruptura efectiva
Sem prejuízo de uma discussão aprofundada sobre o projecto ministerial de novo modelo de avaliação e da elaboração de um parecer a entregar no dia 23 de Agosto, no MEC, no âmbito da reunião negocial convocada para as 10 horas desse dia, a FENPROF não pode deixar de tecer, desde já, alguns comentários...Por exemplo: a sujeição do regime proposto às regras gerais do SIADAP (Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública) impede este projecto de se libertar de diversos procedimentos do modelo actual, limitando-se a alterar algumas das suas designações. Exemplos: as quotas surgem como percentis a ter em conta na atribuição de Excelente ou Muito Bom e os objectivos individuais passam a chamar-se Projecto do docente, ainda que mantendo o carácter facultativo já actualmente existente

No mesmo dia em que anuncia o encerramento de quase 300 escolas...
...MEC faz também saber que turmas do 1º Ciclo passarão a ter 26 alunos
A nova equipa do MEC decidiu aumentar o número de alunos por turma no 1.º Ciclo do Ensino Básico, passando de 24 para 26. Uma medida que nem as equipas ministeriais anteriores ousaram tomar e que se destina, unicamente, a eliminar mais alguns lugares docentes à custa, como sempre, da qualidade do ensino. Esta medida, só agora anunciada, poderá mesmo obrigar as escolas a refazerem as turmas que, não só já foram constituídas, como homologadas pelas direcções regionais de educação. Ao mesmo tempo soube-se que serão encerradas 297 escolas do 1.º Ciclo, segundo o MEC, por haver acordo dos municípios nesse sentido. A esse propósito, a FENPROF procurará saber junto das câmaras municipais se, de facto, estão garantidas melhores condições de ensino para os alunos, deslocações de curta duração e respostas sociais adequadas, como destaca uma nota de imprensa agora divulgada pela Federação.
Despedimento de milhares de docentes contratados e um número inédito de “horários zero” são legado do anterior Governo que o actual adoptou e está a concretizar!
Como a FENPROF há muito vem denunciando, já não resta qualquer dúvida de que foi meticulosamente preparado o maior despedimento colectivo de professores contratados, cuja expressão maior terá lugar já no próximo mês de Setembro. Mas hoje é também evidente que a violência das medidas deliberadamente tomadas para reduzir o número de docentes no sistema é de tal ordem que atinge, como nunca, os que integram os quadros, dando origem a milhares de “horários zero” nas escolas. “Horários zero” que resultam, não de qualquer excesso de professores, mas de terem sido alteradas as regras de organização e funcionamento das escolas, bem como as normas de elaboração dos horários dos docentes.

Avaliação: "Esperava-se que o MEC anunciasse a suspensão do actual modelo; afinal, fez precisamente o contrário!..."
A propósito da primeira reunião com o MEC sobre avaliação de desempenho, ouvimos Mário Nogueira, Secretário-Geral da FENPROF e responsável pela comissão negociadora sindical. Ficou a perceber-se que, afinal, o modelo monstruoso e kafkiano de que falava o PSD na oposição poderá estar a transformar-se num simpático animal de estimação do governo. O futuro próximo o dirá…
A sobretaxa extraordinária de IRS, as previsões macroeconómicas 2011/2012 e as privatizações
"As previsões macroeconómicas apresentadas (14/07/2011) pelo Ministro das Finanças apontam para um aprofundamento da crise económica, uma quebra no emprego e um aumento do desemprego. O PIB deverá diminuir 2,3% em 2011 e 1,7% em 2012. A taxa de desemprego oficial deverá subir até 13,2% em 2012[1][1], esperando-se a destruição de 134 mil postos de trabalho neste dois anos (80 mil em 2011 e 54 mil em 2012), caso estas previsões se confirmem".

Devido a norma imposta por Lurdes Rodrigues, inúmeros serviços educativos vêem posto em causa o seu funcionamento
Proposta Reivindicativa 2012
António Teodoro: "Nuno Crato é representante do pensamento neoconservador americano"
"O pensamento neoconservador assenta na ideia da regulação do sistema por exames. Trata-se de um retrocesso, que vai gerar uma orientação curricular no sentido de valorizar só o que vai sair nos exames".
FENPROF reafirma no MEC necessidade de defender a escola pública e de valorizar o exercício da profissão docente
A FENPROF entregou no Ministério da Educação e Ciência (18/07/2011) dois documentos: um Memorando com “Problemas da Educação, de abordagem e resolução prioritárias, a apresentar à nova equipa ministerial” e uma listagem de “Situações ilegais relacionadas com a carreira docente, de resolução urgente”. Nesta reunião (foto), a delegação sindical, dirigida por Mário Nogueira, colocou as suas preocupações face a alguns conteúdos do programa de Governo para a Educação, reafirmando a sua firme disposição em, na Legislatura que agora se inicia, defender a Escola Pública, valorizar a profissão e os profissionais docentes, melhorar a organização e o funcionamento das escolas, dar mais qualidade ao ensino e à educação. Previstas novas reuniões para a próxima semana.
“Situações ilegais relacionadas com a carreira docente, de resolução urgente”.
Semana nacional de acção, protesto e proposta
A CGTP-IN promoveu, na semana de 11 a 16 de Julho, uma Jornada Nacional de Acção, Protesto e Proposta, levando por diante uma importante acção de esclarecimento e mobilização, contra o já aprovado programa do Governo do PSD-CDS que prossegue e aprofunda uma política de destruição do Estado Social, com um fortíssimo ataque aos serviços públicos e funções sociais do Estado, aos direitos sociais e laborais dos trabalhadores, ao sistema público de segurança social e ao Serviço Nacional de Saúde e põe em causa o desenvolvimento do país, a democracia e a soberania nacional (foto: acção em Portalegre)
Programa do Governo para a Educação é extremamente negativo!
"Também para a Educação, o Programa do Governo é extremamente negativo", uma vez que "constitui um atentado forte à Escola Pública e um ataque aos direitos profissionais dos docentes, às suas condições de trabalho e ao seu emprego", salientou Mário Nogueira na conferência de imprensa (foto) que decorreu no passado dia 13 de Julho, em Braga. O encontro com os profissionais da comunicação social divulgou o essencial das conclusões da última reunião (12 e 13/7) do Secretariado Nacional da FENPROF no presente ano lectivo. Em Setembro, os Sindicatos da FENPROF vão estar em força nas escolas, onde será dinamizado um intenso trabalho de esclarecimento e debate sobre o ataque aos serviços públicos, às escolas e aos professores e educadores e, naturalmente, sobre a resposta firme que se impõe a tal ofensiva."Cada vez que perdemos, nós, professores, trabalhadores, o país também perde", alertou o Secretário Geral da FENPROF, que reafirmou a exigência de uma reunião urgente com a nova equipa do Ministério da Educação. / JPO

Silêncio do ministro Crato é mau sinal...
Tempo de luta e não de resignação
Colocámos ao Secretário-Geral da FENPROF algumas questões sobre o momento difícil que se vive na Educação e que vivem os trabalhadores portugueses e, também, sobre a forma como irá agir a FENPROF neste contexto tão complexo. Preocupação primeira, neste momento, parece ser o silêncio de um Ministério da Educação que tem, como nenhum outro, necessidade absoluta de envolver os parceiros educativos na sua acção. É mau sinal este silêncio, considera Mário Nogueira.
Sentenças mandam pagar compensação por caducidade

Pic-Nic contra a Precariedade
Calendário escolar para 2011/2012 repete erros de anos anteriores
Foi divulgado (29/06), na página electrónica do ME, o calendário escolar para 2011/2012. Compreendendo o atraso na sua divulgação, tendo em conta a mudança recente de governo e equipa ministerial, tal não justifica, porém, a ausência de negociação ou, sequer, auscultação sobre matéria que implica directamente nos horários, nas férias e na organização do trabalho dos docentes.

Continua políticas em curso, é omisso em matérias importantes, generalista e/ou confuso em outras...
... Claro só na promoção dos privados!
O programa para a Educação, apresentado pelo XIX Governo à Assembleia da República, é demasiado generalista, omisso em matérias que são muito importantes e confuso em outras, sendo claro, sobretudo, na intenção de tratar o público e o privado como se fossem uma e a mesma coisa e na desvalorização que advoga das carreiras docentes, querendo simplificar o ECD e criar ainda maiores dependências hierárquicas na gestão das carreiras, sublinha uma nota de imprensa divulgada pela Direcção da FENPROF.