A ação nacional de luta dos reformados, realizada no passado dia 12 de abril, em várias cidades, evidenciou um firme protesto contra os cortes nas pensões e reformas. Muitos professores aposentados marcaram presença nesta jornada.
Em Lisboa, o percurso ligou a Praça do Município ao Rossio, enquanto no Porto o caminho foi entre as praças da Batalha e a D. João I. Em ambas participaram muitos idosos e reformados, mas também pessoas mais novas, que ainda trabalham, mas que se juntaram ao protesto por solidariedade. Além destas duas cidades, a marcha "Por Abril, Contra os Roubos nas Pensões" organizada pela Confederação Nacional de Reformados, Pensionistas e Idosos (MURPI) decorreu também em Guimarães, Covilhã, Coimbra e Faro.
Além das palavras de ordem nos cartazes e na voz de muitos manifestantes, também se ouviu várias vezes "Grândola, Vila Morena". A que se juntavam, aqui ou ai, cantares tradicionais, como foi o caso de vários grupos de cantares alentejanos, em Lisboa. No Rossio foi lida uma resolução que vai ser enviada ao Presidente da República, ao Governo e à Assembleia da República.
Os reformados, pensionistas e idosos protestam, na área da Segurança Social, contra os sucessivos cortes e pelo “direito à pensão que permita manter a sua autonomia financeira”; na área da saúde criticam o facto de o acesso aos cuidados de saúde estarem cada vez mais distantes e mais caros”, resumiu o líder do MURPI. A que somou a pretensão antiga daquela organização mas para a qual não tem recebido resposta: ser considerada mais um parceiro social e ter assento no Conselho Económico e Social, o órgão constitucional de consulta e concertação nos domínios económico e social.
Arménio Carlos:
"Estão aqui a dizer que são cidadãos de primeira"
Arménio Carlos também se juntou ao protesto realçando a atitude combativa dos mais velhos, que “não se resignam”.
Este sábado “deram o exemplo” e mostraram que “não estão condenados a ficar na exclusão e no isolamento”. "Estão aqui a dizer que são cidadãos de primeira, como qualquer outro, independentemente de estarem reformados”, realçou o Secretário Geral da CGTP-IN.
Recordando as declarações do Governo sobre novos cortes na despesa do Estado e as novas medidas nas pensões, com a extensão da CES – Contribuição Extraordinária de Solidariedade, desde este mês, às pensões a partir dos mil euros, quando até aqui se aplicava apenas a partir dos 1350 euros, Arménio Carlos desfaiou os juízes do Tribunal Constitucional a pronunciarem-se.
“O TC não pode deixar de ter em consideração estas declarações do Governo e do próprio primeiro-ministro, Esperamos que se pronuncie, em breve, considerando estes cortes inconstitucionais e mande devolver aquilo que é, por direito próprio, dos reformados e dos pensionistas", afirmou o dirigente da Central.
O protesto e a luta dos reformados vão conquistando mais adesão, por parte dos reformados e das
suas organizações, em vários distritos do nosso País, numa clara manifestação de que foi justa a
decisão da Direcção da Confederação MURPI, ao propor uma Acção Nacional (descentralizada) de
Luta dos Reformados, Aposentados e Pensionistas para o dia 12 de Abril.
As recentes declarações e decisões, quer do Governo, quer do Presidente da República
(promulgação do agravamento da Contribuição Extraordinária de Solidariedade), confirmam a
necessidade de organizar formas de protesto que expressem a indignação e o repúdio contra as
medidas anunciadas e promulgadas.
O Governo insiste em prosseguir a ofensiva contra os direitos sociais dos trabalhadores e
reformados, contribuindo deste modo para o empobrecimento de muitas camadas sociais da
população, semeando o medo, a desesperança e a pobreza, ao mesmo tempo que se assiste à
revelação de escândalos que promovem o aumento dos lucros dos grandes grupos financeiros e se
premeia a fuga de capitais para paraísos fiscais.
O Governo, numa propaganda enganosa, procura fazer passar a ideia que valem a pena os brutais
sacrifícios por que passam milhares de portugueses, fazendo crer que Portugal está a sair da crise,
quando, na realidade, agravam-se o défice e a dívida e se anuncia mais austeridade com o corte de
milhões de euros nos serviços públicos, responsáveis pela garantia de assegurarem o cumprimento
das funções sociais do Estado.
Por todas estas razões, afirmamos que é necessária a unidade de todos os reformados na luta
promovida pela Direcção da Confederação MURPI, cujas acções decorrerão, no dia 12 de Abril, nas
cidades de Guimarães, Porto, Coimbra, Covilhã, Faro e em Lisboa, para onde confluirão os
reformados dos distritos do Alentejo, Santarém, Setúbal e Lisboa, numa MARCHA DE
INDIGNAÇÃO E PROTESTO, que sairá da Praça do Município, percorrendo as Ruas do Comércio e
do Ouro até ao Rossio, onde decorrerão as intervenções finais.
Vamos dar mais força à luta dos Reformados, Aposentados e Pensionistas!
Vamos exigir respeito e dignidade pelos nossos direitos, conquistados em Abril com muitas lutas!
Vamos exigir que o MURPI seja reconhecido como PARCEIRO SOCIAL!
Como sublinha o MURPI, as recentes declarações e decisões, quer do Governo, quer do Presidente da República (promulgação do agravamento da Contribuição Extraordinária de Solidariedade), confirmam a necessidade de organizar formas de protesto que expressem a indignação e o repúdio contra as medidas anunciadas e promulgadas.
O Governo insiste em prosseguir a ofensiva contra os direitos sociais dos trabalhadores e reformados, contribuindo deste modo para o empobrecimento de muitas camadas sociais da população, semeando o medo, a desesperança e a pobreza, ao mesmo tempo que se assiste à revelação de escândalos que promovem o aumento dos lucros dos grandes grupos financeiros e se
premeia a fuga de capitais para paraísos fiscais.
O Governo, numa propaganda enganosa, procura fazer passar a ideia que valem a pena os brutais sacrifícios por que passam milhares de portugueses, fazendo crer que Portugal está a sair da crise, quando, na realidade, agravam-se o défice e a dívida e se anuncia mais austeridade com o corte de milhões de euros nos serviços públicos, responsáveis pela garantia de assegurarem o cumprimento
das funções sociais do Estado.
Por todas estas razões, o MURPI afirma que é necessária a unidade de todos os reformados na luta e no protesto, como aconteceu neste 12 de abril.
Os reformados, pensionistas e idoso exigem respeito e dignidade pelos seus direitos, conquistados em Abril com muitas lutas e exigem que o MURPI seja reconhecido como PARCEIRO SOCIAL.