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Contra o OE proposto pelo Governo, apelo à luta por um Portugal com futuro!

20 de novembro, 2013

No próximo dia 26, a Assembleia da República deverá aprovar, com os votos de PSD e CDS, o Orçamento do Estado para 2014. A manter-se a atual proposta, o próximo ano será mais um ano marcado por uma austeridade violenta que atingirá a generalidade dos trabalhadores portugueses, estejam no ativo ou aposentados, e que levará a uma acelerada degradação da qualidade dos serviços públicos, com especial destaque para os que integram o cerne das funções sociais do Estado, como sejam a Segurança Social, a Educação ou a Saúde, três áreas que dizem diretamente respeito aos docentes aposentados, como aliás, a toda a sociedade portuguesa.

Este Orçamento do Estado para 2014 é parte importante de um puzzle que há muito vem sendo desenhado e que ganha agora contornos mais claros com a apresentação pelo governo do chamado guião para a reforma do Estado onde, assumidamente, se afirma que o objetivo não é cumprir metas, mas alterar o modelo para um que aposte na privatização dos serviços públicos onde Educação, Saúde e Segurança Social estão na linha da frente por não corresponderem às que o governo considera serem as funções nucleares do Estado.

O atual governo não esconde ser este o caminho por que optou, não apenas devido aos compromissos que, com o governo anterior, assumiu com a troika, mas por esta ser a sua opção política.

Protestar contra este Orçamento do Estado e combatê-lo quando o governo procurar aplicá-lo é dever de todos os portugueses que defendem uma política de esquerda e soberana.

Nesse sentido, os delegados à 1ª Conferência Nacional de Docentes Aposentados:

- Apelam a uma grande participação dos professores e educadores, em particular os aposentados, nas ações previstas para dia 26 de novembro, convocadas pela CGTP, que terão expressão de rua em todo o país;

- Defendem a convergência de todos os trabalhadores, no ativo ou aposentados, nas lutas que pretendam pôr fim às políticas de direita e levar à demissão do atual governo;

- Consideram desejável que, sempre que possível, as organizações sindicais e todos os que intervêm no plano social convirjam em ações que visem atingir os objetivos antes referidos;

- Declaram a sua disponibilidade para se envolverem em ações específicas dos professores que visem denúncias junto da população para os problemas que se vivem no setor da Educação e os que afetam mais diretamente os professores aposentados, seja através de comunicados, vigílias ou outras iniciativas que permitam passar, com clareza, a sua mensagem.

Os delegados à 1ª Conferência Nacional de Docentes Aposentados rejeitam as políticas de empobrecimento, repressão e retrocesso social e civilizacional que o governo está a impor e defendem uma profunda mudança de rumo de forma a garantir um Portugal com futuro.