Dotação dos quadros das escolas manter-se-á insuficiente; regime de concursos deverá ser revisto
FENPROF reafirma que o Ministério da Educação deveria ter aberto mais vagas para a vinculação dos professores que são necessários às escolas e agrupamentos, não deveria ter imposto requisitos restritivos à vinculação dos docentes com 3 ou mais anos de serviço, deveria ter permitido aos docentes que já integram os quadros a candidatura às novas vagas criadas para efeitos de vinculação e aos que não integram os quadros a candidatura às vagas de quadro de escola ou agrupamento. Deverá, ainda, no próximo ano letivo, abrir um novo processo de revisão do regime de concursos, visando, no futuro, resolver os problemas que, mais uma vez, se verificaram em função daquele regime, o qual não contou com o acordo da FENPROF.
Professores e as negociações do OE 2019 - Análise de Mário Nogueira
Mário Nogueira esteve, esta segunda-feira, na Edição da Noite da SIC Notícias para comentar e analisar a entrevista do Ministro das Finanças ao jornal Público, onde Mário Centeno rejeita a possibilidade de os professores recuperarem todo o tempo de serviço, que esteve congelado.
O Secretário-geral da FENPROF reafirma que o tempo de serviço não está em negociação - são 9 anos, 4 meses e 2 dias - o que falta negociar é o prazo e o modo de recuperação.
Mário Nogueira: «Ministro das Finanças está a tentar "atirar o barro à parede"!»
Em declarações à RTP, esta manhã, o Secretário Geral da FENPROF diz que o Ministro das Finanças está a tentar “atirar o barro à parede”. Mário Nogueira reafirma que todo o tempo de serviço cumprido pelos professores é para ser contado na íntegra.

Escolas vivem um dos mais difíceis períodos de preparação de ano letivo
Não foi um diploma qualquer, foram logo três importantíssimos diplomas legais, com implicação profunda na organização pedagógica e no funcionamento das escolas e agrupamentos, que só foram publicados em 6 de julho, ou seja, tardiamente. São eles: despacho normativo n.º 10-B/2018, sobre Organização do Ano Letivo 2018/2019; Decreto-Lei n.º 54/2018, que contém o regime de educação Inclusiva; Decreto-Lei n.º 55/2018, relativo aos currículos dos ensinos básico e secundário e à avaliação das aprendizagens.

As reuniões de avaliação dos alunos só podem realizar-se com a presença de todos os professores
Como a FENPROF já afirmou anteriormente, na sequência da nota informativa da DGEstE, datada de 11 de junho, de acordo com os normativos que vigoram, só há quórum nas reuniões de conselho de turma dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário quando estão presentes todos os seus membros. Assim, não se aplica o disposto no CPA, pois estas não são reuniões administrativas, mas de natureza pedagógica, sujeitas a normativos legais próprios.
Na próxima segunda-feira, a FENPROF contestará, junto do Ministério da Educação, a informação ilegal sobre o quórum das reuniões de conselho de turma, que, reiteradamente, a DGEstE enviou para as escolas.

Para quando o reposicionamento na carreira?
A FENPROF lamenta o atraso verificado no processo de reposicionamento dos docentes que ingressaram na carreira entre 2011 e 2017. Como é evidente, tal atraso é da exclusiva responsabilidade do Ministério da Educação, situação com que a FENPROF já o confrontou por diversas vezes.
Organizações sindicais de docentes reiteram pedido de reunião à direção do PS, o único partido em falta
O Partido Socialista, que, por ser o partido do governo, tem responsabilidades acrescidas perante a sociedade portuguesa, nem sequer respondeu, até agora, ao pedido de reunião enviado a 21 de junho. Face a isso, as dez organizações sindicais decidiram reiterar, hoje, o pedido de reunião, dirigindo nova carta à Secretária-Geral Adjunta, Dr.ª Ana Catarina Mendes. Aguarda-se a marcação da reunião pretendida para data muito próxima.
A luta dos professores prosseguirá forte em setembro
Está na mão do governo responder aos problemas e às justas exigências dos professores, nomeadamente, deixar de insistir na eliminação de tempo de serviço que foi cumprido pelos docentes, com os alunos, nas suas escolas. A recomposição da carreira docente não é apenas uma exigência dos professores. É uma condição de atratividade da profissão e de melhoria da formação das novas gerações. É um investimento na escola pública e na qualidade da educação que ela deve assegurar. Um combate de todos os professores e de toda a sociedade.
- Ver Moção aprovada pelos professores nas concentrações do dia 13 de julho

Despacho do OAL não repõe legalidade nos horários de trabalho
O despacho de organização do ano letivo seria, na opinião da FENPROF, a oportunidade de o ME resolver um dos problemas que também está na origem da luta que se desenvolve: o horário de trabalho.
No entanto, no despacho publicado a 6 de julho, continua por resolver o principal problema: a não clarificação dos conteúdos das componentes letiva e não letiva de estabelecimento, sendo essa a causa de quase todos os abusos que são praticados nas escolas.
- Ver Despacho Normativo n.º 10-B/2018
- Ver Posição da FENPROF
Sem recursos e investimento não há inclusão!
No dia 6 de julho saiu o Decreto-Lei nº 54/2008 sobre Inclusão a implementar nas escolas a partir do dia 1 de setembro. No dia 12 de julho saiu o Manual de Apoio.
A FENPROF considera que estes dois documentos foram publicados tardiamente, numa altura em que os docentes já tinham preparado o próximo ano letivo (trabalho que foi realizado com base na legislação em vigor - Decreto-Lei nº 3/2008 - agora revogada) e terão de fazer tudo de novo sem a reflexão necessária nas escolas entre os docentes (do regular e da Educação Especial) e técnicos para reorganização de toda a estrutura das escolas.
Parecer Final da FENPROF sobre a proposta de revisão do Decreto-lei nº 3/2008
ME convoca reunião técnica para 25 de julho
O ME convocou as organizações sindicais de professores e educadores para uma reunião técnica onde se pretende apurar o custo real da recomposição da carreira docente. Esta reunião realiza-se no dia 25 de julho, pelas 09:00 horas. Será uma reunião em que as organizações sindicais estarão representadas por seis elementos vocacionados para o trabalho técnico (2 da FENPROF, 2 da FNE e 2 da Frente Sindical de Docentes). Será uma única reunião, eventualmente alargada a outra, não estando prevista a criação de qualquer comissão para este efeito.

FENPROF associa-se às comemorações do centenário do nascimento de Mandela
“O que conta na vida não é o mero facto de termos vivido. É a mudança na vida dos outros que determinará o significado da vida que levamos".
Nelson Mandela
O Secretariado Nacional da FENPROF não podia deixar de se associar às comemorações do centenário do nascimento de Nelson Mandela, principalmente pelo que a pessoa e a sua vida representam para a humanidade e para a vida de todos quantos lutam por uma vida melhor para todos.
A luta vai continuar!
Cerca de três mil professores concentraram-se esta tarde em 16 cidades do país confirmando que a greve às avaliações termina em 13 de julho, mas a luta pela recuperação total da carreira, entre outros objetivos, continuará de pé. Só mesmo uma grande greve de professores, como a que se realizou entre 18 de junho e 13 de julho, poderia ter obrigado o governo a voltar à mesa das negociações, depois de, a 4 de junho, ter confrontado os sindicatos com uma inaceitável postura de “chantagem”.
Confira os totais nacionais da greve entre 18 de junho e 13 de julho
Nestas concentrações os professores aprovaram uma Moção que vão fazer chegar ao Presidente da República, ao Presidente da Assembleia da República, aos Grupos Parlamentares, ao Primeiro-Ministro, Ministro da Educação, Ministro das Finanças e ao Presidente do Conselho Nacional de Educação.
SEAE antecipa visita à autarquia local e foge a encontro com os professores
Uma delegação da FENPROF esteve esta manhã em São Pedro do Sul com o intuito de mostrar à Secretária de Estado Adjunta e da Educação que, apesar de a greve terminar hoje, os professores não vão baixar os braços ou desistir da recuperação dos 9 anos, 4 meses e 2 dias de tempo de serviço congelado.

Foi a luta dos professores que reabriu a negociação. Será a sua luta que reporá a justiça e o respeito!
13 de julho – CONCENTRAÇÕES EM TODO O PAÍS
PORQUE A LUTA CONTINUA!
Depois de várias semanas de uma grande greve que visou as reuniões de conselhos de turma e de docentes no âmbito da avaliação, o próximo momento é a realização de Concentrações Distritais de professores. Os professores, uma vez mais na rua, exigirão uma verdadeira e completa mudança de postura por parte do governo!
Mário Nogueira no Jornal 2 de 11 de julho - RTP 2
Após a reunião com o governo no Ministério da Educação, Mário Nogueira esteve no Jornal 2 da RTP (de 11 de julho) a explicar os resultados da reunião e as decisões das organizações sindicais de professores.

A luta irá prosseguir tão forte como até aqui!
«A exemplar luta dos professores em defesa da valorização das suas carreiras profissionais, de um regime específico de aposentação, de melhores condições de trabalho e de horários que respeitem a lei e aliviem o profundo desgaste dos professores, em defesa de um regime de concursos justo e transparente e por um efetivo combate à precariedade não acabou».
Leia a mensagem do Secretário-Geral da FENPROF aos Professores.
"Foi a luta dos professores que fez com que esta reunião se realizasse!"
À saída da reunião com o governo, Mário Nogueira considerou que a reunião teve o mérito de se realizar por força da luta dos professores, mas sublinha que a luta não terminou. Em setembro, os professores, já com as forças renovadas, irão continuar a demonstrar que não vão abdicar de nem um dia dos 9 anos, 4 meses e 2 dias.
Assista também ao discurso do Secretário-Geral da FENPROF à saída da reunião.

Foram necessárias mais de 53.000 reuniões não realizadas para haver reunião no Ministério!
Greve às avaliações anulou 95,4% das reuniões convocadas após 18 de junho
O Ministério da Educação custou a perceber que os professores teriam de ser ouvidos. Ignorou as greves realizadas em março e a enormíssima Manifestação de 19 de maio, que juntou em Lisboa mais de 50.000 professores. Pareceu, de início, que ignorava a fortíssima adesão à greve em curso, até que os números falaram mais alto.
Face a estes números, espera-se que, na reunião a realizar esta quarta-feira, no Ministério da Educação, o governo demonstre o que até agora não quis assumir: respeito pelo compromisso que assumiu em novembro, pela Lei do Orçamento do Estado e pela Assembleia da República e a Resolução que esta aprovou. Se for essa a sua postura, então, os professores estarão a ser respeitados e tratados com justiça.
Dados Nacionais da Greve às Avaliações apurados pela FENPROF desde o dia 18 de junho até às 18 horas do dia 10 de julho:
Dados SPN | Dados SPRC | Dados SPGL| Dados SPZS | Dados SPRA
FENPROF reúne no ME, tendo presente a força dos professores
A FENPROF estará presente na reunião que terá lugar esta quarta-feira, dia 11, no Ministério da Educação, a partir das 15 horas. Uma reunião que será uma das mais importantes da Legislatura, pois em causa está a recomposição da carreira dos docentes, a necessidade de um regime de aposentação que contrarie o curso de envelhecimento da profissão docente, medidas que permitam atenuar o profundo desgaste que afeta os profissionais e, ainda, medidas que combatam o elevado nível de precariedade que continua a afetar este setor profissional.
A FENPROF apelou aos seus dirigentes e delegados sindicais, bem como aos professores que tenham essa possibilidade, para se concentrarem junto ao ME, durante o período em que a reunião convocada se estiver a realizar.
Mantendo fortíssima adesão à greve, professores confirmam que justeza das suas razões prevalece sobre dureza da luta
Os professores compreenderam que a convocatória enviada pelo Ministro da Educação para a reunião que se realizará na próxima quarta-feira, dia 11, constituía uma provocação, pelo que a greve teria de continuar forte como até aqui. De facto, nessa convocatória, o Ministro repete todas as posições que levaram os professores a esta fortíssima luta, pelo que nem a já longa duração da greve em curso a desgastou. De todas as informações recebidas pela FENPROF o número de reuniões por realizar mantém-se acima dos 90%, o que demonstra que, apesar da duração desta greve, os professores não deixam que a sua luta se ressinta, como confirmam os dados disponíveis.
Dados Nacionais - 9 de julho
(atualizados às 11h30 de 10 de julho)
Reiterada intenção do ministro de apagar o tempo de serviço impõe que se mantenha a greve
Foram necessários muitos dias de greve às avaliações para, finalmente, o Ministro da Educação marcar a reunião que reabre o processo negocial de recomposição da carreira docente, com destaque para a recuperação de todo o tempo de serviço que esteve congelado, mas, igualmente, para abordar outros aspetos, tais como a aposentação, os horários de trabalho ou o combate à precariedade.
Esta não é uma luta fácil, como nunca são fáceis as lutas. Ainda nos lembramos de como foram duras e longas as lutas para acabar com a candidatura ao 8.º escalão, para recuperar integralmente o tempo de serviço já por várias vezes perdido, para eliminar a divisão da carreira em categorias, para pôr termo à requalificação e daí retirar os que já lá se encontravam ou para acabar com a PACC… Ganhámos todas, pois os professores com os seus sindicatos, estando a FENPROF na primeira linha, sempre souberam definir as estratégias negociais e de luta adequadas à obtenção dos resultados pretendidos.
"Esta é uma luta difícil, longa e complexa. Mas nenhuma das nossas lutas foi fácil... e ganhámo-las todas!"
Na sessão de encerramento do Encontro Internacional sobre o Desgaste na Profissão Docente, o Secretário-Geral da FENPROF deixou uma mensagem de força e incentivo à luta dos professores: "Não podemos perder o património de luta que já conquistámos. Os próximos 3 dias são muito importantes!"
Greve às Avaliações - Dados Nacionais - 5 e 6 de julho