Por um reordenamento (a) sério da rede escolar que respeite as crianças e as comunidades educativas
Em conferência de imprensa realizada no dia 4 de Junho, em Lisboa, a FENPROF divulgou a sua proposta de reorganização da rede escolar, a apresentar às Confederações de Pais, Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), Ministério da Educação e Grupos Parlamentares. Em primeiro lugar, a Federação sublinha que "o encerramento de escolas deve resultar das decisões assumidas e homologadas nas cartas educativas – único instrumento legal de planeamento neste domínio". Como foi sublinho no encontro com a comunicação social, "com os encerramentos, as fusões e as integrações o ME pretende, essencialmente, poupar nos profissionais de educação, docentes e não docentes, reduzindo significativamente o seu número. Quanto aos principais sacrificados serão os mesmos de sempre: os alunos". / JPO

Revogação do montante adicional do abono de família
Governo revoga uma medida de protecção social que nada tem, nem nunca teve, a ver com as medidas excepcionais e transitórias de apoio aos desempregados, ou seja, à “boleia” destas medidas visa reduzir a protecção social das crianças, propondo acabar com o montante adicional de abono de família, cujo objectivo é o de compensar as despesas das famílias com a educação dos seus filhos, exceptuando os beneficiários do 1º escalão, alerta a CGTP-IN.
FENPROF rejeita decisões que contradizem posições das comunidades educativas e solicita reuniões a municípios, pais e ME

ME anuncia medidas que provocarão forte quebra da qualidade do ensino, desemprego e sacrifícios para alunos
A decisão do Governo de encerrar todas as escolas do 1.º Ciclo do Básico que tenham menos de 20 alunos confirma que este Governo perdeu definitivamente o norte e, para manter intactos alguns dos grandes interesses financeiros, decide agora resolver os problemas de liquidez financeira do País à custa das crianças e das populações mais desfavorecidas.(...) Entretanto, chegam notícias, um pouco de todo o País, dando conta de reuniões realizadas com directores de escola para informar que o ME irá avançar com uma reestruturação da rede escolar, fundindo agrupamentos, extinguindo outros e integrando as escolas secundárias em agrupamentos já constituídos.

Intervenção de M. Nogueira na concentração dos professores na 5 de Outubro
Em matéria de carreiras e concursos "não abdicaremos de ver honrados os compromissos assumidos pelo Ministério da Educação com os professores e que constam, quer do acordo de princípios, quer das actas que registam o conteúdo das reuniões realizadas no âmbito do processo negocial e que já se encontram devidamente assinadas. Assim, o desbloqueamento das carreiras com a eliminação da divisão em professores e titulares e a consequente progressão, a realização, já no próximo ano, de um concurso para mobilidade e para vinculação de professores contratados, garantida pela sua entrada nos quadros, ou a negociação de critérios para a elaboração dos horários de trabalho a vigorar em 2010/2011 - são compromissos maiores a que o Governo não poderá fugir, sob pena de se confrontar com o regresso em força dos professores às ruas, seja em Lisboa, seja em muitas outras cidades do país", sublinhou Mário Nogueira na concentração realizada na Av. 5 de Outubro, que antecedeu o desfile rumo ao Marquês de Pombal, engrossando a manifestação nacional da CGTP-IN, com muitos milhares de participantes. / JPO

Milhares de professores e educadores na grande manifestação nacional da CGTP-IN: o tempo é de protesto e luta!
Depois da concentração na Av. 5 de Outubro, junto ao Ministério da Educação, milhares de professores oriundos de todas as regiões do País - Norte, Centro, Grande Lisboa, Sul, Açores e Madeira -, deslocaram-se em direcção ao Marquês de Pombal (foto), a fim de se juntarem à Administração Pública e aos trabalhadores do sector privado. Assim, a partir do Marquês, a manifestação da CGTP-IN arrancou, em força, descendo a Avenida da Liberdade, rumo aos Restauradores, com largos milhares de participantes - um mar de gente, que de forma determinada deu eco ao lema da manifestação: "Contra o desemprego, emprego com direitos, melhores salários para todos". / JPO

ME escolhe o pior dos caminhos e põe em risco a colocação atempada de docentes
O ME divulgou uma nota à imprensa em que refere ter sido notificado de duas decisões de tribunal, uma do TAF Beja e outra do TAF Coimbra.Na verdade, ontem, ao final do dia, o TAF de Coimbra também notificou o SPRC/FENPROF a propósito da Intimação por este interposta. Mas perguntamos ao ME: em que é que, em relação à matéria de fundo, o tribunal se pronuncia? Em nada! Em que é que, em matéria de direito, o tribunal se pronuncia? Em nada! Em que é que, relativamente ao que levou o Tribunal de Beja a encontrar indícios de ilegalidade e a suspender a avaliação do concurso, o de Coimbra o contraria? Em nada! Nada! Absolutamente nada! O tribunal limita-se a referir questões formais de representação e não vai além disso. O que é verdade é que, por força da decisão do TAF de Beja, ontem reiterada por colectivo de juízes, o concurso não foi suspenso, mas suspensa está a avaliação como factor de graduação. Deverá, por isso, o ME prosseguir o concurso, sem que os campos relativos à avaliação sejam considerados.
Colectivo de Juízes do T.A.F. de Beja manteve suspensão da avaliação no concurso
Por requerimento do Ministério da Educação, um colectivo de juízes do Tribunal Administrativo e Fiscal de Beja reuniu e decidiu “manter o decretamento provisório da presente providência cautelar”, ficando as custas de mais este incidente processual a expensas do ME.Com esta decisão, abrem-se agora novos prazos de recurso, é verdade, mas, a não ser dado andamento imediato ao concurso, ficará em causa a colocação de professores contratados e por destacamento a tempo de, em 1 de Setembro, se encontrarem nas escolas para iniciarem o ano escolar.

Professores de novo na rua em 29 de Maio (sábado) porque são necessárias outras políticas para a Educação e para o País!
A FENPROF apela a todos os Professores e Educadores que no próximo dia 29 de Maio (sábado), com a sua indignação, dêem mais força à onda de protesto que inundará Lisboa, numa enorme Manifestação que unirá todos os trabalhadores portugueses. Os Professores e Educadores concentrar-se-ão junto ao Ministério da Educação, pelas 14.00 horas. Após uma intervenção específica, sobre os problemas que se arrastam no sector da Educação, os docentes manifestar-se-ão, convergindo com os restantes trabalhadores, tanto do sector público, como privado, reforçando, com a sua indignação, a onda de protesto que invadirá Lisboa.
Aumento do desemprego exige mudança de políticas e maior protecção social
Para a CGTP-IN é necessário e urgente um novo rumo para a política nacional, que favoreça o crescimento económico, aposte na dinamização do sector produtivo, crie mais e melhor emprego, reforce a solidariedade com os desempregados, promova o aumento do poder de compra dos trabalhadores e das suas famílias. É este o caminho certo e seguro para retirar o país da situação em que se encontra e lançá-lo na senda do progresso e justiça social.

Novo pacote do Governo, com o apoio do PSD, agrava PEC
"Vamos fazer uma Grande Manifestação Nacional, no próximo dia 29 de Maio, em Lisboa, construindo um momento alto da contestação a estas políticas injustas e violentas, exigindo um novo rumo para Portugal que coloque os trabalhadores e o povo no centro das prioridades da política económica e de toda a acção política necessária ao desenvolvimento do país. O futuro exige-nos o alargamento da base de mobilização, a intensificação e ampliação da luta" (da resolução aprovada no plenário nacional de Sindicatos realizado pela CGTP-IN, no passado dia 15, em Lisboa; na foto, Mário Nogueira, Secretário Geral da FENPROF, dirigindo-se aos representantes sindicais)

O direito à indignação
O Governo ameaça os trabalhadores e a população mais desfavorecida com aumentos de impostos, o que é de todo intolerável perante as gritantes desigualdades que grassam pelo país, a todos os níveis.

Os ataques à Administração Pública, a crise, as empresas de "rating" e as medidas necessárias

Porque “JÁ BASTA!”, em 29 de Maio todos(as) na rua!
Tirando Coelho da cartola, Sócrates garante que: “PEC a PEC enche o capital o papo…”
No seu Congresso, os Professores decidiram manifestar-se em Lisboa, num sábado, apontando para 29 de Maio. Em 29 de Maio, a Administração Pública já havia decidido manifestar-se, uma vez que têm sido estes trabalhadores que, em primeiro lugar e directamente, mais têm sofrido com as medidas ditas de contenção impostas pelo governo. Entretanto, no 1.º de Maio, Manuel Carvalho da Silva, convergindo com estas datas, anunciou que, para este dia, a CGTP-IN convocou todos os trabalhadores do sector privado, o que significa que se prevê, para 29 de Maio, uma das maiores, senão a maior manifestação de sempre dos trabalhadores portugueses. Foi neste contexto que a página electrónica da FENPROF decidiu entrevistar Mário Nogueira, Secretário Geral da Federação Nacional dos Professores.