Declaração final global da FENPROF sobre o primeiro processo de regulamentação do ECD
A FENPROF avalia de forma muito negativa este processo que deveria ter sido, de facto, negocial. Todavia, a negociação esgotou-se nos aspectos formais e no número de reuniões realizadas, não passando, como deveria ter acontecido, pela alteração da atitude e disponibilidade dos responsáveis do Ministério da Educação.
Regulamentação do "ECD do ME" não só confirma como agrava o que tem de negativo
Plataforma Sindical dos Professores continua à espera da reunião com Primeiro Ministro
Mário Nogueira representou a FENPROF na conferência de imprensa da Plataforma Sindical dos Professores (21/11/2007, Lisboa)
Prova de ingresso na profissão docente: Governo continua a tomar medidas para disfarçar o indisfarçável
A justificação "oficial" para esta prova tem sido a falta de confiança na qualidade da formação inicial conferida pelas instituições de ensino superior. Contudo, se assim fosse, então o que teria de ser promovido seria um processo de efectiva fiscalização e avaliação das instituições, obrigando-as, quando necessário, a reestruturarem os seus cursos."A má qualidade da formação tem que ser combatida na origem e não através de exames de selecção em que um candidato com, por exemplo, 18 num exame e 13 noutro, fica de fora e já não pode ser professor. Isso é atacar o lado mais fraco, continuando a pactuar com lobbies que estão instalados no sistema", sublinhava o secretáruo-geral da FENPROF numa recente iniciativa sindical
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Carta enviada ao SE Adjunto e da Educação
Regime de dispensa da prova de ingresso (O artigo 20º do Decreto Regulamentar 3/2008, estabelece um regime de dispensa da realização da prova de ingresso na profissão que, na opinião da FENPROF, carece de esclarecimentos. Na sequência da reunião realizada em 6 de Fevereiro de 2008, entre o ME e a FENPROF, o Secretariado Nacional formalizou, por escrito, os pedidos de esclarecimentos que, então, foram colocados verbalmente)
Formação contínua de professores: ME põe em causa direito inalienável dos docentes
A FENPROF aproveitou esta reunião para se esclarecer sobre o pagamento da formação contínua. Actualmente apenas são financiadas as acções que incidam sobre a área das novas tecnologias e as bibliotecas. Ora, de acordo com o ECD, 2/3 da formação apresentada pelos docentes no momento da sua avaliação (de dois em dois anos) terá de incidir sobre conteúdos de natureza científico-didáctica relacionados com as áreas curriculares leccionadas. Ou seja, em áreas de formação que não são financiadas.
Aplicação do regime de mobilidade especial aos docentes declarados "incapacitados" para o exercício de funções docentes"
FENPROF tem uma proposta em que defende que, como regra, os docentes devem permanecer colocados nas escolas, em funções docentes adequadas às suas condições, depois de ouvidos os órgãos de gestão e tendo em conta as decisões da junta médica a que se submeteram. Em casos devidamente justificados e clinicamente comprovados, deverá prever-se a sua deslocação para estabelecimentos situados em localidades em que seja possível o seu acompanhamento médico ou familiar, bem como o acesso a tratamentos.
Mário Nogueira aos jornalistas: "O Ministério não desistiu de penalizar os professores"
"Os responsáveis políticos do ME não sabem o que é uma Escola", declarou Mário Nogueira, que, depois de lembrar posições já divulgadas por elementos de órgâos de gestão e pelos inspectores, observaria mais adiante: "Deram às escolas um mês para se prepararem para este modelo de avaliação - é impossível!", lembrando, nomeadamente, os documentos centrais da vida escolar que têm de ser alterados em cada escola e agrupamento.
Sindicatos dos Professores apresentam "Carta Aberta ao Primeiro Ministro"
"Em 33 anos de Democracia em Portugal e com a governação de 28 Ministros da Educação, nunca sentimos o direito à liberdade de expressão e de representação tão ameaçado como hoje, com este governo."
Negociação suplementar da avaliação dos docentes: reunião no ME a 15 de Outubro
Para esta reunião, o ME enviou à FENPROF uma nova versão do seu projecto que, no entanto, excepção feita a alguns acertos de ordem técnica, não contém qualquer nova questão de fundo ou aproximação às posições sindicais.
Com este modelo, o ME vai provocar grande turbulência nas escolas
Há uma vincada preocupação pela situação de instabilidade que o ME vai introduzir nas escolas se insistr no seu modelo de Avaliação do Desempenho dos Professores.
Avaliação do Desempenho: fichas propostas pelo ME são golpe violento que se pode abater sobre os professores e educadores
O ME recusou tudo o que contrariasse as suas posições essenciais, mantendo-se inflexível ao longo das quatro reuniões em que foi discutida a avaliação do desempenho dos docentes.
Os objectivos do ME na Avaliação do Desempenho e os principais pontos de desacordo por parte da FENPROF
Nas escolas, cresce de tom a contestação a este regime de avaliação que, depois de imposto pelo ME no âmbito da revisão do ECD, pode tornar-se ainda mais negativo se este impuser, agora, as suas regras de regulamentação. Os professores já perceberam que a avaliação proposta pretende ser, fundamentalmente, um constrangimento da sua progressão na carreira e menos um instrumento de valorização da sua actividade. Daí que este projecto ministerial, a par de outros (concurso de acesso a professor titular e prova de ingresso na profissão ), seja um dos principais motivos da mobilização que já se faz sentir para a iniciativa que terá lugar no Coliseu dos Recreios em Lisboa, no dia 5 de Outubro, Dia Mundial dos Professores.
Avaliação do Desempenho: ME inviabiliza negociação, assumindo com intransigência posição antinegocial
valiação É inultrapassável o desacordo entre a FENPROF e o Ministério da Educação relativamente à avaliação de desempenho dos professores e educadores! É que, enquanto para a FENPROF a existência de cotas de avaliação, que condicionam a atribuição das classificações mais elevadas, é um factor de distorção e de perversão de qualquer modelo de avaliação; para o ME esta é uma questão essencial, uma opção fundamental e a única forma de garantir a diferenciação. Mais cínica, ainda, é a consideração pelos responsáveis ministeriais de que as cotas estabelecidas (5% para o Excelente e 20% para o Muito Bom) até são generosas!...
Reuniões "negociais" no ME são como as novelas: sucedem-se os episódios, mas nada se avança!
O ME fez chegar à FENPROF no passado dia 14 de Setembro (sexta-feira), já depois das 21 horas, uma nova versão do seu projecto na qual foram introduzidas ligeiras alterações à versão anterior. Clarificações e algumas disposições transitórias constituem as diferenças mais significativas. Sobre tais alterações, a FENPROF fará chegar ao ME, ainda esta semana, uma posição, contudo, já fez saber da sua discordância em relação a dois aspectos muito importantes
Primeira grande regulamentação do "ECD do ME" prolongar-se-á até Novembro
Os professores e educadores conseguiram (19/07/2007) uma excelente vitória ao verem acordado um calendário negocial que lhes permitirá uma participação activa no processo de regulamentação de importantes aspectos do seu actual estatuto de carreira. De entre as matérias em causa estão, por exemplo, as relativas à avaliação de desempenho, ao acesso aos três escalões de topo da carreira (categoria de professor titular), à prova de acesso à profissão docente, bem como um conjunto de regulamentos referentes à formação.
FENPROF discorda de projecto do ME para avaliação dos professores
Para a FENPROF, o modelo de avaliação defendido pelo ME, a aplicar-se, introduzirá focos de instabilidade nas escolas que estarão na origem de novas dificuldades que se irão colocar ao nível do seu normal funcionamento. Na opinião da Federação, a aplicação desse modelo teria consequências muito negativas para o desempenho dos docentes naquilo que é fundamental: a sua prática lectiva. A burocratização é absoluta e alguns professores pouco mais passariam a fazer nas escolas do que envolver-se em processos de avaliação, seus e dos seus colegas.
Publicado o Estatuto da Carreira Docente na Região Autónoma dos Açores
A Região Autónoma dos Açores, ao criar um Estatuto de Carreira Docente diferenciado para os Educadores e Professores que trabalham na Região, demarca-se em alguns aspectos essenciais de medidas seguidas pelo Ministério da Educação, salvaguardando a carreira única e a inexistência de quotas, o que demonstra que governos do mesmo quadrante político divergem relativamente aos efeitos resultantes de uma fractura dos docentes em categorias diferenciadas, estratificadas, que só contribuirá para agravar a qualidade da educação e do ensino, promovendo o individualismo em detrimento do trabalho solidário e cooperativo.
A publicação do ECD - Região Autónoma dos Açores dá razão às posições defendidas pelos sindicatos da FENPROF e da Plataforma Sindical e constitui um referencial de esperança para os docentes deste país.
Modelo de avaliação do desempenho apresentado pelo ME não serve
Na perspectiva da FENPROF, o modelo de avaliação imposto pelo ME persegue, sobretudo, um objectivo economicista e pretende reforçar o controlo político e administrativo sobre as escolas e o desempenho profissional dos docentes. Assim se compreendem, respectivamente, as cotas para atribuição das classificações mais elevadas (bem como a divisão da carreira em categorias hierarquizadas) e o estabelecimento de uma escala hierárquica em todo o processo de avaliação que tem no topo o Ministério da Educação e na base os docentes. Nas zonas intermédias encontramos a Inspecção-Geral de Ensino, os órgãos de gestão das escolas e os professores titulares.
Abertura negocial do ME é mínima. Respostas para os problemas dos professores são nenhumas!
A primeira reunião entre a FENPROF e o ME, no âmbito da regulamentação da avaliação do desempenho dos professores, confirmou o pior cenário dos admitidos: o Ministério não está disponível para alterar aspectos de fundo, que decorrem do ECD, como, por exemplo, a existência de cotas para atribuição das classificações mais elevadas, o que mereceu o desacordo da FENPROF.
Sobre avaliação dos professores, a FENPROF apresentou um conjunto de questões relativo ao projecto ministerial, designadamente, a falta de contextualização dos objectivos de avaliação (por ex., os resultados escolares dos alunos), a possibilidade de imposição desses objectivos sem o acordo dos docentes, o conceito de assiduidade que não esclarece a não penalização de faltas justificadas equiparadas a serviço docente, a exigência de cumprimento de 100% do serviço para atribuição da classificação mais elevada, entre outros aspectos que negam qualquer carácter formativo à avaliação proposta, transformando-a num pesado e burocratizado processo de punição dos professores, abrindo portas a eventuais processos persecutórios.
Orientadores Escolares
Na reunião de 6 de Setembro, o M.E. esclareceu o seguinte:
Nada impede que, asseguradas as funções de coordenação inerentes à categoria de professor titular, os Conselhos Executivos das escolas atribuam aos Orientadores colocados nas escolas horários nas funções de orientação escolar.
Esclarecimentos devem ser solicitados à Secretaria de Estado da Educação.
Regulamentação do ECD: Ministério mantém rigidez anti-negocial
O ME manteve (reunião de 26/7/2007) a característica mais marcante que tem pautado a sua actuação à mesa de negociações: nada negociar de facto, não aceitando as propostas apresentadas pelas organizações sindicais.
M.E. apresentou novo projecto de diploma para os professores de Técnicas Especiais
Finalmente, e após um ano de intensa pressão, que envolveu uma greve nas escolas António Arroio e Soares dos Reis, o Ministério da Educação apresentou um segundo projecto de diploma que visa a integração, em regime excepcional, dos professores de Técnicas Especiais nos quadros. Infelizmente, e numa primeira leitura, constatamos que as propostas apresentadas pela FENPROF não foram aceites.