A anteceder a primeira iniciativa da quinzena de plenários que termina em 3 de outubro, a FENPROF realizou, em Aveiro, uma Conferência de Imprensa em que fez o balanço da abertura do presente ano letivo.
Não deixando de relevar a capacidade de organização e de funcionamento das escolas públicas e os bons resultados obtidos, “que não são mensuráveis em rankings” que usam os resultados dos exames para classificar escolas, o Secretário-geral da FENPROF criticou a falta de investimento dos governos na escola pública e a falta de vontade política para resolver os “problemas e lacunas”, colmatadas, em grande medida, graças ao profissionalismo e qualidade dos seus profissionais.
O levantamento apresentado pela FENPROF é baseado na consulta a 407 Agrupamentos de Escolas e Escolas não Agrupadas dos 18 distritos do território continental, e realizou-se entre 12 e 20 de setembro.
Num alerta claro ao país, “a FENPROF considera que a Educação não pode esperar e o próximo Orçamento do Estado terá de dar fortes sinais da intenção de sair do quadro de subfinanciamento em que esta se tem arrastado.” Para isso, a FENPROF “insta o governo a alterar a situação, investindo, de facto, na Educação. Um investimento que deverá permitir, ao longo da legislatura, que se atinjam os 6% do PIB. Nesse sentido, em 2025, a Educação deverá alcançar os 4,5% do Produto Interno Bruto (sem ensino superior), para que nos anos seguintes cresça à razão de 0,5% ao ano.”
No final deste encontro com os órgãos de comunicação social, referência especial à comemoração do Dia Mundial do Professor que, por organização da FENPROF, terá uma Manifestação que se dirigirá do Rossio para a Praça de Camões, em Lisboa, e que se espera que seja uma grande iniciativa de afirmação das posições dos Professores e de defesa da Educação e da Escola Pública.