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Governo de Portugal tem o dever de garantir o regresso dos professores que trabalham no estrangeiro

24 de março, 2020

Professores em Timor-Leste, Moçambique ou qualquer outro país não podem ser abandonados

 

A FENPROF tem recebido de inúmeros professores que se encontram a trabalhar no estrangeiro, principalmente em PALOP, o pedido de intervenção junto das autoridades nacionais para que seja possível o seu regresso a Portugal, neste perigoso tempo de pandemia. São professores que trabalham em escolas portuguesas, da tutela direta do Governo de Portugal, mas também outros que se integram em projetos de cooperação entre o nosso país e aquele em que se encontram.

Logo que chegaram os primeiros apelos, no caso, de docentes que exercem atividade na Escola Portuguesa de Dili, a FENPROF, através do Sindicato dos Professores no Estrangeiro (SPE), entrou em contacto com o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE), designadamente com a Senhora Secretária de Estado das Comunidades Portuguesas, Dr.ª Berta Nunes, que, como nos informou posteriormente, procurou articular a sua ação com o Ministério da Educação e, até, no caso de Timor, com o Embaixador de Portugal em Dili.

Porém, não se conhecem quaisquer desenvolvimentos e ações concretas que tenham resultado destas diligências iniciais. Simultaneamente, começaram a surgir apelos de docentes que se encontram a trabalhar em outros países, uns por necessidade de emprego e outros por fraterna solidariedade, no sentido de poderem regressar a Portugal. Cabe ao Estado Português, mais concretamente ao Governo, garantir que esse regresso acontecerá muito brevemente, devendo, de imediato, os interessados em regressar ser contactados e informados sobre procedimentos e datas de viagem. Neste momento, estes professores sentem-se abandonados pelas autoridades do seu próprio país e esse é um sentimento terrível!

Face ao que antes se refere, a FENPROF insta o Governo de Portugal, desde logo o Senhor Primeiro-Ministro, a dar resposta a este legítimo desejo de professores portugueses, de regressar a Portugal para junto das suas famílias. Vivemos um tempo em que a prioridade terá de ser dada às pessoas, incluindo as que se encontram longe do seu país.

 

O Secretariado Nacional