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AG do SPE alerta as comunidades portuguesas

EPE: encerramento dos cursos e precariedade laboral nos objectivos do Governo

13 de novembro, 2011

A Direção do Sindicato dos Professores no Estrangeiro, reunida no Luxemburgo, tendo em observância as notícias surgidas nos órgãos de comunicação social sobre os cortes a operar no subsistema de ensino, consubstanciados numa política de redução e extinção de horários, num aumento substancial de supressão de postos de trabalho que leva a uma escalada sem precedentes na precariedade laboral, denuncia a intenção governamental, que tem vindo a ser veiculada junto das comunidades imigradas, apontando para o encerramento dos cursos nos diferentes países.

O SPE desmente categoricamente a imagem de desperdício de dinheiros públicos na sustentação do ensino português no estrangeiro, quando confrontado com o desperdício que se verifica em Portugal ,a nível das cúpulas governamentais.

Os Portugueses que saem do país, motivados pela procura de uma vida melhor, não podem ser espoliados de um bem que, ao chegar a países que os acolhem, recorrem de imediato aos serviços de ensino para inscrição dos filhos nos Cursos de Língua e Cultura Portuguesas. A Constituição Portuguesa é o garante das liberdades e garantias dos cidadãos portugueses e como cidadãos de pleno direito, os professores exigem o cumprimento do que nela está consignado.

Este atentado ao EPE é como uma campanha orquestrada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros que, camuflando as atitudes com a crise vivida por Portugal, ignora o peso específico que tem no PIB português as remessas que todos os dias entram no país.

Aliada ao corte que se vem operando nas representações diplomáticas e consulares, na mesma vaga surgem os despedimentos na rede de ensino.

Uma conquista de 50 anos

O Sindicato não calará este atentado e movimentar-se-á junto das comunidades no sentido de encontrar aliados que permitam dar uma resposta vigorosa para que os governantes em Lisboa sintam o descontentamento reinante por esse mundo fora.

Os Portugueses, dentro e fora do pais, não permitirão que este assalto ao EPE, um sistema com mais de 50 anos no terreno, vá por diante e destrua ou ignore um direito constitucional. Exigimos e merecemos respeito. Os luso-descendentes merecem atenção e respeito pelos seus direitos.

O ensino português no estrangeiro é um investimento que tem retorno assegurado. O Português vende. A Língua portuguesa tem de ser defendida, já que o Governo português não aposta na sua expansão e divulgação.

Dizemos não aos despedimentos de professores e ao encerramento de cursos de LCP.