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Sobre a implantação do SPE/FENPROF

Carta ao Director do Lusojornal

15 de dezembro, 2010

Exmo Senhor Director do Lusojornal

63, rue de Boulainvilliers

75016 Paris

Assunto: Direito de resposta.

 Excelência,

 Na sua edição n°15/Série II de 15 de Dezembro de 2010 é publicada uma notícia com o título:

 Sindicato dos Professores no Estrangeiro (SPE) – Sindicato quase sem professores sindicalizados.

Dadas as imprecisões que a mesma contém e ao abrigo de direito de resposta o Sindicato dos Professores no Estrangeiro vem por imperioso dever de esclarecimento solicitar a Va Exa a publicação do seguinte esclarecimento:

1. O SPE/FENPROF não se revê no título e acrescenta que no espaço de dois anos quase duplicou o número de sócios e estendeu a sua acção a países onde não tinha qualquer representação, nomeadamente à Espanha, Bélgica, África do Sul e Moçambique;

2. Não corresponde minimamente à verdade a afirmação atribuída ao Secretário Geral do SPE que, segundo o jornalista escreve (…) “Na Alemanha não temos nenhum professor sindicalizado(…); a não se tratar de falha de comunicação é um erro grosseiro na difícil tarefa de prestar uma informação que se quer isenta. Informa o SPE que o núcleo da Alemanha foi de entre os outros do SPE/FENPROF aquele que mais cresceu em termos de adesão de novos professores pois conta, presentemente com dezasseis professores sindicalizados. Interessante será referir que as adesões se processaram, na sua maioria a partir de 2008/2009, tendo a França mantido o mesmo número ao longo destes últimos anos ou seja desde 2006. É revelador da actividade sindical desenvolvida!

3. Sobre as afirmações que a senhora professora faz e as acusações que profere, não tenciona o SPE/FENPROF tecer quaisquer comentários ou alimentar polémicas pois a figura e a valia da activista sindical é sobejamente conhecida quer dentro do sindicato quer nos organismos centrais da Federação Nacional dos Professores.

4. Se a referida sócia do SPE/FENPROF se queixa da falta de democracia reinante no SPE, perdeu uma clara oportunidade de se candidatar à direcção do mesmo, durante o período eleitoral recentemente aberto mas que ficou sem candidatos!

5. Sobre o facto de pretender abandonar o SPE/FENPROF pensamos que tal atitude não irá alterar rigorosamente nada à sua atitude anterior dado que a sua presença em termos sindicais é nula e a sua actividade fala pelos resultados obtidos; foram aliás estes dirigentes actuais que conseguiram granjear mais docentes para as fileiras do SPE sem qualquer intervenção da referida “dirigente”.

6. É deveras interessante que, quando convocada para reuniões, sejam de Comissão Executiva ou Assembleia Geral a dirigente pretexta sempre um variado leque de impedimentos. É confrangedor ler os argumentos apresentados mas o local próprio para dirimir conflitos é o órgão máximo do sindicato: a Assembleia Geral. Assim haja coragem para estar presente.

Agradecendo a Va Exa a oportunidade de publicação das palavras que procuram corrigir a imprecisão detectada e acrescentando que “ o quintal” a que se refere a senhora professora, tem já muitas flores a dar vida e cor ao mesmo e tal só aconteceu quando algumas ervas daninhas foram “arrancadas”.

Termino reiterando a certeza de que o SPE/FENPROF não se encontra fragilizado, antes pelo contrário: readquiriu credibilidade junto da tutela, goza de prestígio, apoio e solidariedade de todos os sindicatos que fazem parte da Federação Nacional dos Professores e seja quem vier a ser eleito na próxima Assembleia Geral, a actual direcção formula votos de continuidade na prossecução dos ideais que norteiam este sindicato: lutar pelos direitos e interesses de todos e não só de alguns.

 Com os meus respeitosos cumprimentos.

 Carlos Alberto Pato
Secretário  Geral do Sindicato dos Professores no Estrangeiro