A CGTP-IN manifestou a sua solidariedade com as mobilizações, as lutas e protestos e a greve geral convocadas pelas centrais sindicais argentinas para os dias 9 e 10 de abril. Em mensagem enviada à CTA-T e á CTA-A, a central unitária portuguesa saudou calorosamente a jornada de luta de 36 horas, considerando-a um exemplo de resistência face à intensificação da exploração no país sul-americano. Foi a terceira greve nacional contra o governo de Javier Milei e a sua política económica e salarial.
Os serviços de transporte ferroviário, o metro e os táxis estiveram paralisados. O transporte aéreo teve uma interrupção parcial, com menos da metade da capacidade operacional. Muitas operações foram suspensas devido ao apoio dos sindicatos da aviação a esta luta promovida pelo movimento sindical.
A educação e os serviços de correio e recolha do lixo foram também setores que registaram elevada adesão à greve.
A Inter denuncia as consequências das políticas neoliberais implementadas pelo governo de Javier Milei, que servem exclusivamente os interesses dos grandes grupos económicos. Ao mesmo tempo, "impõe a degradação dos salários, o aumento do custo de vida, a precariedade laboral e os cortes em pensões e reformas, que, segundo a central, estão a empurrar milhares de pessoas para a pobreza".
A CGTP-IN alerta, entretanto, para o clima de repressão que se vive na Argentina, referindo casos de detenções, prisões e agressões contra manifestantes, mas sublinha que a repressão não vai travar a luta, salientando a resposta firme do movimento sindical argentino como exemplo de coragem, de unidade e de demonstração da força organizada dos trabalhadores.