É preciso mobilizar a opinião pública, os trabalhadores no ativo e os aposentados para acompanharem e defenderem a segurança social numa perspetiva pública, solidária e universal, para garantir a proteção de todos os cidadãos, independentemente da sua condição económica ou laboral... O grande capital está à espreita…
Esta foi uma das linhas de força em destaque no debate online, de participação livre, sobre a Segurança Social, que a FENPROF, através do Departamento de Aposentados, realizou no passado dia 18 de março.
Com moderação de Helena Gonçalves (coordenadora do Departamento de Aposentados da Federação), o debate foi dinamizado por dois convidados que há muito acompanham as questões que envolvem a área, os problemas e os desafios da segurança social: José Correia, membro da Comissão Executiva da CGTP-IN; e Clara Murteira, professora da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
Este debate e uma tribuna pública em Faro marcaram o início da Semana de Esclarecimento e Mobilização em defesa da Segurança Social, que a CGTP-IN realizou entre os dias 17 e 21 de março, com um conjunto de iniciativas em várias regiões e sectores de atividade, como tribunas públicas, debates e plenários de trabalhadores, que tiveram lugar em diferentes localidades.
Pilar essencial dos direitos sociais. O debate realizado pela FENPROF, as outras ações da semana de esclarecimento e as tomadas de posição que têm sido divulgadas tanto pela Central unitária como pela Federação Nacional dos Professores destacam que a Segurança Social Pública é um pilar essencial dos direitos sociais, dos trabalhadores e dos reformados, da coesão social, no combate à pobreza e à exclusão social, uma conquista de Abril e património dos trabalhadores. O discurso da insustentabilidade é uma falácia, desmentida pela apresentação de saldos financeiros muito significativos e uma manobra para transferir a sua gestão para interesses privados, através da promoção dos fundos privados de pensões ligados a bancos e seguradoras e do desvio de recursos públicos para os mercados financeiros.
A solidariedade é essencial. Só um sistema público assegura que os direitos sociais não fiquem reféns de interesses privados, priorizando o bem-estar coletivo. A solidariedade é essencial para equilibrar as contribuições e prestações, permitindo que quem mais precisa receba apoio digno. A universalidade garante que ninguém seja deixado para trás, promovendo a coesão social e combatendo as desigualdades.
Só um regime assim assegura a sustentabilidade e a justiça social, reconhecendo a proteção social como um direito humano fundamental. Esta visão reforça a responsabilidade do Estado no apoio aos trabalhadores, reformados e suas famílias, promovendo uma sociedade mais justa e igualitária.
Por tudo isto é determinante a luta por um sistema que proteja as pessoas, valorize o trabalho e assegure dignidade em todas as fases da vida.
CGTP-IN promove debate sobre segurança social
No próximo dia 8 de maio, a CGTP-IN realizará um debate sobre a defesa da Segurança Social Pública, Universal e Solidária, em que estarão presentes as Professoras Maria Clara Murteira (Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra) e Maria Teresa Garcia (Instituto Superior de Economia e Gestão da Universidade de Lisboa), o Dr. Eugénio Rosa (economista e investigador) e o Secretário Geral da Central, Tiago Oliveira.
A sessão está marcada para as 14h30, no auditório da Sede da CGTP-IN (Rua Victor Cordon, Nº 1, 1249-102 Lisboa).