JF Online, abril 2025
Solidariedade

Dia da Terra Palestina assinalado em Lisboa, Porto e Coimbra

15 de abril, 2025

As cidades de Lisboa, Porto e Coimbra assinalaram a 30 de março o Dia da Terra Palestina. A CGTP-IN, uma das organizações promotoras dessas ações, sublinha que "os trabalhadores e o povo trouxeram para a rua a denúncia dos hediondos crimes de Israel, a solidariedade com o povo da Palestina e a exigência do fim do genocídio, de um cessar fogo efetivo e permanente e do reconhecimento de uma Palestina livre, soberana e independente."

A Central sindical realça que este Dia da Terra é (mais um) dia "em que se assinala a luta do povo palestiniano contra a expropriação das suas terras". O Dia da Terra dos Palestinianos assinala a morte, em 1976, de seis árabes israelitas durante manifestações contra a confiscação de terras por Israel.

"Saímos em solidariedade, mas também exigindo que Portugal seja uma voz ativa pela paz e que de uma vez reconheça o estado da Palestina, livre e independente, com a fronteiras de 1967", tal como está previsto nas resoluções das Nações Unidas, conclui a CGTP-IN.

No Jardim do Infante, no Porto, centenas de pessoas responderam ao apelo do Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), CGTP-IN, MPPM (Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente) e Projeto Ruído, ao qual se associaram outras organizações, como a União de Sindicatos do Porto, Sindicato dos Professores do Norte, Movimento Democrático de Mulheres, entre outras.

Também em Coimbra, na ponte de Santa Clara, foi afixada uma faixa, que exige que seja dada uma oportunidade à Paz, desde logo cumprindo o cessar-fogo.

Em Lisboa (Martim Moniz-Campo das Cebolas), milhares de pessoas participaram na manifestação pela Palestina Livre e pela Paz no Médio Oriente. O fim do genocídio e da ocupação e o reconhecimento do estado da Palestina foram exigências reafirmadas pelos manifestantes.

Registaram-se as intervenções de Isabel Camarinha, do CPPC; de Myriam Zaluar, dos Judeus pela Paz e a Justiça; da ativista palestiniana residente em Portugal, Dima Mohammed; de Carlos Almeida, do MPPM; e de João Barreiros, da CGTP-IN. Houve ainda um momento musical com Udi Fagundes.

"Estamos aqui para nos lembrarmos, de novo, daquele dia; para nos lembrarmos dos jovens que foram mortos naquele dia (30/03/1976)", referiu a investigadora Dima Mohammed.

"Há décadas que o povo palestiniano está a resistir à confiscação da terra, a um projeto de colonização sionista que tem como objetivo expulsar o povo palestiniano", acrescentou.

"Israel é culpado por um povo massacrado", "Israel é violência, Palestina é resistência" ou "Paz no médio oriente, Palestina independente" foram algumas das palavras de ordem ouvidas durante a marcha.