(...) «O 15º Congresso da FENPROF realiza-se nos dois dias que antecedem as eleições legislativas. Dir-se-ia: "que pontaria nós tivemos!...". Não foi pontaria nenhuma. Quando marcámos o Congresso ainda não havia eleições marcadas...
Inicialmente até pensámos que, se calhar, não teria sido pior se tivessem sido marcadas para dia 11 de maio, para já se saber, no congresso, o que esperávamos... Mas, sinceramente, pensamos que, afinal, foi melhor assim.
Em 16 e 17 de maio não sabemos qual é o resultado das legislativas, não sabemos qual é a composição do parlamento que aí vem, não sabemos qual é o governo que vai resultar dessa composição, mas sabemos uma coisa: seja ele qual for, o caderno reivindicativo (chamemos-lhe assim), as reivindicações dos professores não vão mudar.
Nós não somos daqueles que se for o governo "A" temos umas certas exigências, se for o "B" já temos outras...
Nós não somos daqueles que se for o governo "A" vimos para a rua a toda a hora manifestar-nos, mas se for o governo "B" estamos sempre disponíveis, de caneta na mão, para assinar acordos...
Nós não somos daqueles que, em determinados momentos de maior mobilização, aparecem do nada e de repente parece que tomam conta de tudo e depois, quando esses momentos desaparecem, eles acabam por desaparecer também sem que ninguém saiba por onde andam...
Antes das eleições vamos apresentar aos partidos, em reuniões que solicitámos, as propostas reivindicativas dos professores. Essas reuniões começam no dia 15.
Estamos também a preparar um debate on line no próximo dia 29 de abril com representantes das forças políticas».
[Da intervenção de Mário Nogueira, Secretário-Geral da FENPROF, na conferência de imprensa de apresentação do 15º Congresso, Lisboa, 10/04/2025]
