Professores avançam para a Greve Geral: A luta contra o pacote laboral é, por maioria de razões, dos professores, educadores e investigadores!
A luta contra o pacote laboral que o governo PSD/CDS quer impor é uma luta de todos os trabalhadores — e é também uma urgência para os professores, educadores e investigadores. Nenhum trabalhador do setor público ficará imune às consequências de um pacote que pretende restringir direitos, fragilizar a contratação coletiva, facilitar o despedimento e aumentar a precariedade.
Para os professores, educadores e investigadores, o pacote laboral significa:
- maior facilidade em impor vínculos precários e contratos a termo, mesmo em funções permanentes;
- enfraquecimento da negociação coletiva, esvaziando o papel dos sindicatos na defesa de melhores condições;
- restrições ao direito à greve, incluindo a imposição de serviços mínimos abusivos;
- o risco de aprofundamento da desvalorização salarial, ao flexibilizar horários e carreiras e impor o banco de horas individual. Esta medida poderá levar a um agravamento do tempo de trabalho que, no caso dos docentes, pode chegar às 50 horas semanais (mais 10 horas sobre as 42 horas de trabalho médio hoje existente, de acordo com estudo recente da FENPROF, suplantando muito as 35 horas que a lei determina);
- e, no caso do ensino e da investigação, a transferência de responsabilidades do Estado para entidades privadas, o que agrava a instabilidade e a desigualdade entre instituições.
Este pacote é, portanto, um ataque direto à Escola Pública, à carreira docente e à dignificação do trabalho intelectual e científico. É um instrumento para submeter ainda mais os trabalhadores à lógica do lucro e para enfraquecer a força coletiva que tem sido o motor das conquistas laborais e sociais.
Por isso, a luta dos professores é — e tem de continuar a ser — parte integrante da luta de todos os trabalhadores. Só com unidade, mobilização e determinação será possível travar o pacote laboral e defender o futuro do trabalho, da educação e dos serviços públicos.
NO DIA 11 DE DEZEMBRO É RESPONSABILIDADE COLETIVA E INDIVIDUAL FAZER GREVE.
VAMOS DERROTAR O PACOTE LABORAL!
Consulta aqui o Pré-aviso de adesão à Greve Geral de 11 de dezembro de 2025.
A luta contra o pacote laboral também é dos professores, educadores e investigadores!
FAQ - Os direitos dos docentes em dia de greve geral
1. Quem tem direito a fazer greve?
O direito à greve, consagrado na Constituição da República Portuguesa, é um direito de todos os trabalhadores, independentemente da natureza do vínculo laboral que detenham e do facto de serem ou não sindicalizados. A Greve Geral convocada para o dia 11 de dezembro de 2025 abrange todos os Educadores de Infância, Professores do Ensino Básico, do Ensino Secundário e do Ensino Superior, bem como todos os Investigadores, que exercem atividade em todo o território nacional, incluindo regiões autónomas, no Ensino Português no Estrangeiro ou em estabelecimentos de educação do setor social, particular ou cooperativo.
2. Que serviços se encontram abrangidos pela greve?
Absolutamente todos, sejam letivos ou não letivos, incluindo reuniões, dado que, nas presentes circunstâncias, não podem ser definidos quaisquer serviços mínimos.


