Ação Reivindicativa Iniciativas
GREVE 24 OUTUBRO

Uma grande resposta dos trabalhadores da Educação na Greve Nacional da Administração Pública

24 de outubro, 2025

Os trabalhadores da Administração Pública deram hoje uma grande resposta ao governo, exigindo a adoção de políticas que garantam a reversão do caminho de destruição dos serviços públicos, com especial destaque na degradação progressiva das funções sociais do Estado.

Uma resposta dirigida também à desvalorização dos trabalhadores e das suas carreiras profissionais, assim como em relação à proposta de revisão dos salários e a estratégia de contração do investimento neste setor estratégico nacional.

No setor da Educação, o encerramento de escolas por todo o país, reflete, também, o generalizado descontentamento dos trabalhadores docentes e não docentes. Os dados conhecidos apontam para uma significativa adesão dos docentes à greve, com especial destaque para os professores do 1.º ciclo do ensino básico, mas também de muitos milhares de docentes dos outros níveis de educação e de ensino, havendo registos de escolas com níveis elevadíssimos de adesão. Ainda assim, a inexistência de aulas e o fecho de muitas escolas tornam difícil quantificar com precisão a adesão, sendo imensos os dados que continuam a chegar com a indicação de escolas e jardins de infância sem atividades letivas.

Durante esta semana de plenários docentes por todo o país, ficou evidente uma classe mobilizada, consciente da necessidade de agir pela dignificação e valorização da carreira.

A resposta hoje dada traduz-se na recusa:

- de políticas que ameaçam a qualidade, equidade e universalidade do ensino público;

- do desmantelamento da Escola Pública promovido pela chamada “Reforma” do MECI

- da mercantilização do sistema educativo, com contratos de associação que prejudicam a expansão da rede pública;

- de estratégias que aprofundam desigualdades territoriais e retiram ao Estado a responsabilidade pela coesão educativa.

Como tem afirmado, será com a luta que forçaremos a tomada de medidas que garantam as necessárias condições de trabalho e de vida para docentes e não docentes, assim como será a luta que obrigará o governo a investir significativamente num setor que continua a pesar no Orçamento do Estado apenas 2,9% do PIB, quando as recomendações internacionais são de que tenda a aproximar-se dos 6% do PIB.

 

Lisboa, 24 de outubro de 2025

O Secretariado Nacional da FENPROF


Escolas sem atividade letiva por força da adesão à greve

Impacto da greve nas escolas às 14 horas