Pelos dados facultados pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional - IEFP a um jornal, confirma-se que o tipo de oferta de emprego disponível nos centros de emprego, para os trabalhadores no desemprego é de um nível salarial baixíssimo.
De facto, sendo a média salarial oferecida nesses empregos de 516 euros, temos de concluir que para um grande número de empregos, o salário oferecido não será superior ao Salário Mínimo Nacional. Estes dados mais uma vez confirmam o que a CGTP-IN tem vindo a referir, ou seja, o emprego criado, continua, na sua maioria, a ser precário, mal pago e não qualificado.
E mesmo as ofertas destinadas a dirigentes e quadros superiores, a média, segundo é dito pelo IEFP, é de 635 euros, o que demonstra a baixa oferta salarial que é proposta aos trabalhadores com maior qualificação.
O que é nos dado a observar, é que as empresas, entretanto, continuam apostar numa política de despedir os trabalhadores mais velhos e mais qualificados para os substituir por trabalhadores mais jovens mal pagos e sem direitos e onde não há nenhuma estabilidade.
Na prática, o que se verifica é que o emprego tem cada vez menos qualidade.
Como a CGTP-IN tem vindo a afirmar, a actual situação do emprego reflecte problemas, sobretudo estruturais. A competitividade da economia tem assentado, essencialmente, no baixo custo de mão-de-obra e na forte exploração dos trabalhadores.
Para a CGTP-IN é imperioso romper com este modelo, que é injusto e promove desigualdades sociais e é desastroso do ponto de vista económico e optar por um crescimento baseado na inovação, no investimento, nas qualificações e no respeito pelos direitos de quem trabalha.
CGTP-IN
Lisboa, 23.11.2007