Estudo conclui que as Tecnologias de Informação e Comunicação podem ser muito importantes para o desenvolvimento de crianças com problemas físicos, sensoriais ou intelectuais
As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) podem ajudar muito as crianças com necessidades especiais. A conclusão é avançada por um estudo da Agência Europeia para o Desenvolvimento dos Cuidados Especiais da Educação (AEDCEE), com a contribuição do Eurydice.
Publicado em Janeiro, depois de uma pesquisa pelos países da Europa sobre as práticas aplicadas nestes casos, o estudo indica que as TIC têm um enorme potencial no âmbito da assistência e da adaptação individual em casos de necessidades especiais de educação.
No entanto, o mesmo estudo afirma que para se conseguir atingir os resultados desejáveis, também é necessário que os professores tenham acesso a conhecimentos mais aprofundados no âmbito das novas tecnologias. Além disso, recomenda uma maior cooperação entre professores de alunos com necessidades especiais e os profissionais de apoio, para assegurar uma adaptação cuidada.
Os países são assim aconselhados e criar e desenvolver mais políticas e programas com base nas TIC e nas necessidades especiais dos alunos. Apesar de Portugal figurar no estudo como um país pertencente à primeira categoria - em que a maioria das crianças com necessidades estão inseridas em programas especiais - muito há ainda por fazer no espaço europeu para a integração das TIC no ensino especial.
As TIC e as escolas devem estar inseridas num programa mais vasto e multidisciplinar - que deve envolver as tutelas da saúde, acção social e educação -, que assegure um acompanhamento precoce de crianças e a sua integração na família, na escola e na comunidade. A família deve ser a base de apoio, devendo ser informada detalhadamente sobre os problemas das suas crianças.