Nacional

Síntese das intervenções dos representantes da CONFAP e da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais

17 de janeiro, 2013

Albino Almeida
CONFAP

O responsável da CONFAP referiu que estamos na fase de um capitalismo novo que tem a ver com pura ganância, assente em transacções financeiras não tributadas e por isso não redistribuídas.

Os pais e encarregados de educação, realçou Albino Almeida,  têm consciência de que estamos a atingir patamares não aceitáveis de condição de vida, pelo que quaisquer medidas propostas pelo governo sobre as funções sociais do Estado devem ser referendadas ou, então, deve demitir-se para que o Povo possa decidir.

A CONFAP defende  um referendo para que os portugueses possam decidir.  Condenou o  ataque do governo contra as funções sociais do Estado.

Sublinhou ainda que há muito tempo que não há o número de professores de que fala o "relatório" do FMI e criticou as orientações que apontam para o aumento do já pesado horário de trabalho dos docentes.

 

Artur Sequeira
Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais

O representante da Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais falou da importância da Constituição da República, Lei Fundamental do país. "A sua defesa é primordial".

Garante da independência nacional e dos direitos fundamentais dos cidadãos, a CRP aponta para uma sociedade mais justa e solidária. O Estado é responsável pela prestação de funções sociais do Esatdo. Educação, Saúde e Segurança Social são assim peças fundamentais, apontou.

Exige-se que o Estado preste serviço público de educação, admitindo uma rede privada que não substitui a rede pública. Uma visa o lucro, a outra a prestação de serviço público universal, afirmou Artur Sequeira.

PS, PSD e CDS, de turno em turno, têm criado condições para a privatização, promovendo a promiscuidade entre público e privado, agravado com o OE 2013, alertou.

Os tratados da UE professam o neo-liberalismo e dão suporte para que os governos de direita afrontem os direitos fundamentais do nosso povo, acrescentou.

Artur Sequeira lembrou que Guterres esvaziou a autonomia e promoveu a gestão anti-democrática; Sócrates continuou com os mega-agrupamentos e "o atual pretende a privatização do sistema". Uma visão economicista que justifica o encerramento de escolas básicas e jardins de infância desenraizando crianças e afastando-as por muitas horas das suas famílias. Serviu também para justificar a municipalização.

Em relação à Municipalização do Ensino, deixou algumas preocupações essenciais:

  • Ilegalidade da transferência de competências.
  • Práticas anteriores nos transportes provam que os governos, depois, não cumprem com as suas obrigações, designadamente a nível das transferências orçamentais.
  • Põe em causa os direitos dos trabalhadores das escolas.
  • As Câmaras Municipais não estão preparadas para o exercício desta função.

LL com JPO