No primeiro dia da Greve às substituições e prolongamentos de horários (dia 20) o Primeiro-Ministro decidiu ameaçar os professores com a realização de substituições no ensino secundário já a partir do próximo ano lectivo, numa clara provocação à luta dos professores, como que dizendo: ?Ah, protestam?! Então pró ano levam mais!?. Convém referir que as substituições no ensino secundário são ilegais para alunos e professores.
No último dia da Greve (24) o Ministério da Educação resolveu não receber a delegação da FENPROF que transportava a insatisfação dos professores e educadores traduzida nas 50 000 assinaturas recolhidas em todo o país, exigindo respeito pela sua profissão e pelo seu exercício profissional. Assim, foi designada para receber a FENPROF a chefe dos serviços de atendimento geral do ME. Por essa razão a FENPROF decidiu não fazer deslocar nenhum dos seus dirigentes sindicais tendo as assinaturas sido entregues por uma delegação de funcionários/as da FENPROF.
A FENPROF, neste último dia de Greve avalia muito positivamente a semana de luta em que milhares de docentes decidiram não comparecer nos prolongamentos de horários, nem garantir as substituições e outras actividades da componente não lectiva. Foram, ainda, aprovadas centenas de Moções nas escolas, tendo a luta culminado com a entrega destas 50 000 assinaturas e uma concentração de dirigentes dos Sindicatos da FENPROF.
Por fim, a FENPROF reafirma: A luta vai continuar!
O Secretariado Nacional da FENPROF
24/02/2006