No penúltimo dia da campanha eleitoral, quinta-feira, 7 de março, os professores estão na campanha nos distritos de Beja e Faro.
Se é verdade que a Educação não tem sido tema central dos debates e discursos de campanha, nem por isso ela está ausente, como confirmam os programas eleitorais apresentados pelas diversas candidaturas. E alguns desses programas são extremamente preocupantes porque apontam no sentido da privatização da Educação, pretendendo recuperar os contratos de associação de má memória ou, mesmo, avançar com velhos anseios de alguns, por exemplo, com o chamado cheque-ensino.
A Escola Pública é a única que tem dado, como deverá continuar a dar, respostas de qualidade, para todos e inclusivas. Na Escola Pública todos deverão ter lugar e, mais do que isso, respostas educativas adequadas às suas necessidades, resultem elas de deficiência ou de outro tipo de necessidade específica, por exemplo, cada vez mais, da língua que não falam ou não dominam.
Nas escolas, tudo é feito para que a educação inclusiva seja realidade, o certo é que, enquanto continuarem a faltar recursos, desde logo docentes, mas também técnicos especializados ou assistentes operacionais, as escolas terão dificuldade para atingir os objetivos que perseguem. Se avançassem as medidas de privatização que alguns preconizam, a situação seria ainda pior, pois os privados não querem aqueles que necessitam de medidas específicas de apoio, querem, sobretudo, o dinheiro público.
Tendo recolhido ao auditório da Escola Secundária Diogo de Gouveia devido à chuva em Beja, os docentes debateram aí as condições e as dificuldades que as escolas enfrentam para que a educação inclusiva possa ser efetivamente operacionalizada. Mais tarde, já com o sol a fazer uma breve aparição, “Professores na Campanha” percorreu as ruas de Beja para contactar com a população.
Em Faro, a concentração juntou cerca de 250 docentes no Jardim Manuel Bívar.