Hoje foi o primeiro dia de greve distrital de um conjunto de 18 que terminarão em Lisboa no dia 12 de maio. Começando no distrito do Porto, onde às 16 horas era possível verificar que muitas escolas ficaram sem aulas a partir das 12:00 horas (meio-dia), os professores começaram a manhã junto à escola básica de Canelas, com uma conferência de imprensa, e terminaram com uma concentração de mais de um milhar de professores na Praça D. João I.
Mais uma vez os docentes registaram uma boa adesão e afirmam não desistir de lutar pelos seus objetivos mais importantes e que têm sido colocados à mesa das negociações. Sendo o primeiro dia, imediatamente após a interrupção letiva da Páscoa, foi notada a falta de contacto direto nos dias anteriores, convictos, no entanto, de que essa será uma mobilização em crescendo. Aspeto indispensável para o prosseguimento da luta e do “acompanhamento ativo” das negociações é a mobilização local dos professores e educadores e o esclarecimento sobre os processos “negociais” em curso.
Em cima da mesa estão os aspetos fundamentais para a valorização profissional dos docentes:
O governo não responde aos problemas
e desrespeita a profissão docente.
Os Professores não param a luta!
Os Professores querem:
- Contagem integral do tempo de serviço
- Fim das vagas para a progressão na carreira e das quotas na avaliação
- Valorização da escola pública com melhoria das condições de ensino e aprendizagem
- Reforço do prestígio social e da autoridade da profissão
- Horários de trabalho livres de burocracia e que respeitem as 35 horas semanais
- Condições apropriadas de aposentação que também contribuam para o rejuvenescimento do corpo docente
- Concursos justos e transparentes
- Estabilidade de emprego, eliminando a precariedade e a discriminação dos contratados
- Formação inicial e contínua de qualidade
- Respeito pela atividade e pelos direitos sindicais, dimensões fundamentais da Democracia
- Mobilidade por doença para as situações justificadas e comprovadas
