8 de março é o último dia de campanha eleitoral, mas também da iniciativa levada a cabo pela FENPROF, que designou por “Professores na Campanha”.
Entre as regiões autónomas e o continente há diferenças no que à Educação diz respeito. Relativamente a carreira e condições de trabalho, a situação no continente é mais desfavorável aos professores e educadores, embora, por exemplo, problemas como o do desgaste dos profissionais, a aposentação tardia ou a precariedade sejam semelhantes. Também em relação à vida nas escolas, há problemas que não são diferentes, faltando recursos para, por exemplo, se ter uma educação verdadeiramente inclusiva.
Os problemas na Educação não se resolvem atirando dinheiro para cima deles, esta é uma frase repetida, mas sem um financiamento adequado, da Educação Pré-Escolar ao Ensino Superior e também na Ciência, dificilmente se encontrarão soluções para esses problemas. As organizações internacionais consideram que os Estados deverão disponibilizar 6% do seu PIB para a Educação e 3% para a Ciência, mas Portugal continua muito aquém desses valores, o que explica, em boa parte, as dificuldades que se vivem no setor. Esse foi o tema escolhido para este último dia de campanha – o financiamento da Educação –, mas onde também se abordaram problemas específicos das regiões autónomas e outros gerais, que afetam docentes e investigadores de todo o país.
No Funchal, os professores juntaram-se em frente à Secretaria Regional de Educação, na Avenida Arriaga. Em Ponta Delgada, os professores reuniram na Escola Secundária das Laranjeiras.