Os professores do ensino secundário que o ME “seleccionou” como classificadores de provas de exame, vão ser obrigados a percorrerem centenas de quilómetros para frequentarem acções de formação sobre esta tarefa para que foram “seleccionados”.
Apesar de, em Faro, haver uma Direcção Regional de Educação que, era suposto, deveria ter organizado tais acções no distrito, os docentes terão de se deslocar, pelo menos, a Beja, Setúbal ou Lisboa para, numa sexta e num sábado, frequentarem tais acções.
Para além do absurdo da situação, falta saber como serão pagos os alojamentos, deslocações, refeições, assim como o trabalho extraordinário realizado em dia complementar (sábado).
O SPZS/Faro denuncia esta falta de organização do ME, bem como os elevados custos deste tipo de estratégia de formação, numa época em que, quase diariamente, são anunciados cortes que afectam a vida dos professores e das escolas, como, aliás, de todo o país.
Tem perguntado a ministra Isabel Alçada onde poderá poupar os 43 milhões de euros que o chumbo das alterações curriculares lhe custarão. Talvez se poupasse onde devia, como neste o caso, tais preocupações não fossem tão fortes.
O SPZS/Faro já enviou à DREAlg um pedido urgente de esclarecimento sobre esta situação, correspondendo aos inúmeros contactos que os professores têm feito a este Sindicato.
A Direcção Distrital de Faro do SPZS