Foi hoje publicado o 25.º ranking das escolas. Um quarto de século de um embuste, celebrado, em alguns casos, com nomes distintos, métodos aparentemente alternativos, variáveis interativas e análises especializadas, feito por órgãos de comunicação social, bancos e instituições de ensino privadas.
Apesar de envoltos numa aura de rigor, exigência e tecnologia, os rankings, baseando-se em exames nacionais que hierarquizam e eliminam alunos, que desprezam a aprendizagem saudável e a avaliação contínua e que estimulam o individualismo, seriam e estigmatizam escolas, desprestigiam o trabalho dos professores e promovem a competição em detrimento da cooperação.
Assim, e enquanto persistir esta avaliação que ignora os privilégios de classe – a que chamam mérito – para perpetuar desigualdades que alegadamente se pretende combater, a FENPROF não se cansará de denunciar que a intenção deste folclore anual não é mais do que reforçar o preconceito ideológico de que o privado é bom e o público é mau e assim engordar o negócio da educação, também à custa do Estado.
A FENPROF nunca se cansará de saudar todos os professores que, diariamente, continuam a pugnar por uma educação e uma escola de qualidade para todos, buscando a formação integral dos alunos, apesar da insidiosa desconfiança que todos estes expedientes lançam sobre si.
Lisboa, 4 de abril de 2025
O Secretariado Nacional da FENPROF