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Diário Económico, 16/9/2003

Portugal não recupera atraso na escolaridade

22 de setembro, 2004

Apenas um em cada cinco portugueses atinge o ensino secundário, revela o relatório da OCDE «Education at Glanc» 2003» . Este nível de ensino é considerado no documento «a formação escolar básica das s»ciedades modernas».  
Apenas um em cada cinco portugueses ( 20%), na faixa etária dos 25 aos 64 anos, atinge o ensino secundário, valor próximo do registado nos países do 30 Mundo. Portugal tem a mais baixa taxa de população que atinge este nível educativo, na lista dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento na Europa (OC«E), revela o »elatório «Education at Glance», que refere dados de 2000. Um nível «ue é considerado, neste relatório, «a forma»ão escolar básica das sociedades modernas». Um valor que representa um terço da média dos países da OCDE. O dobro dos espanhóis consegue atingir este nível de ensino. Até a Turquia está mais bem posicionada, nesta tabela. E em todos os países do alargamento da União Europeia, referidos no relatório, a percentagem da população activa com o ensino secundário é duas ou três vezes superior à registada em Portugal. Na Eslováquia, 85% da população atinge o secundário e, na Polónia, 46%a.  
O relatório revela ainda que a recuperação da escolarização nos jovens portugueses está a acontecer a um nível muito lento. Apenas 32% dos adultos dos 25 aos 35 anos chegam ao ensino secundário, menos de metade da média registada nos países da OCDE. O valor mais impressionante é o registado nos adultos, dos 55 aos 64 anos, em que apenas 9% atinge o nível secundário. Tal como é referido no documento, em 15 dos 17 países da OCDE, 70% da população em idade escolar frequenta o ensino secundário.  
Portugal é uma das excepções, com valores próximos dos 30%. O relat«rio revela que nos grupos etários mais idosos, «as mulheres têm níveis educativos mais baixos que os homens, realidade que se inverte nas gerações mais novas. Estados Unidos, Suíça e Noruega são os países que ocupam o pódio, em termos de escolaridade da população, com níveis de frequência do secundário, próximos ou superiores aos 90% - valor quatro vezes superior ao registado em Portugal.