No âmbito dos salários, emprego, direitos têm sido múltiplos os ataques mais fortes desferidos pelos últimos governos contra os trabalhadores portugueses.
"Têm sido ataques violentíssimos e que tendem a agravar-se. Como sabemos, não foram essas políticas violentas contra quem trabalha que resolveram os problemas do país, pelo contrário, hoje são ainda mais graves", observou Mário Nogueira,que lembrou as políticas do congelamento de salários e carreiras, o roubo nos salários, o aumento das horas de trabalho, a precariedade, as mexidas no subsídio de desemprego e noutros apoios sociais.
"A especulação financeira, a ganância do capital nacional e internacional e as políticas de direita que têm e continuarão a ser desenvolvidas não pararão e terão sempre os trabalhadores debaixo de mira. Já temos quase 800.000 desempregados, 1.200.000 precários, 2.500.000 de pobres, 40% de crianças em situação de pobreza...
... situações muito graves que se reflectem na escola. Onde vamos parar? Podemos aceitar este caminho? Claro que não e só há uma saída: lutarmos, lutarmos muito, lutarmos mais do que temos feito, darmos expressão pública e frequente à nossa indignação, à nossa revolta e à recusa de continuarmos a ser alvos e vítimas deste ataque. Se não o fizermos, outros não o farão por nós. Esses, quando nos comerem a carne, deitarão fora os ossos, como descartáveis que nos tratam", concluiu. / JPO