As organizações sindicais de docentes ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU apresentaram esta segunda-feira o calendário previsto para a luta dos professores.
Estando as negociações suspensas pelo ME, Mário Nogueira, Secretário-geral da FENPROF, explica que este é o tempo de os professores demonstrarem ao Ministério da Educação que estão contra as medidas que este apresentou aos sindicatos nas reuniões de negociação. Assim, vão realizar-se vigílias de professores em todo o país na semana de 12 a 15 de dezembro, onde serão aprovadas moções a enviar ao ME, ao mesmo tempo que vai começar a circular nas escolas um abaixo-assinado para ser entregue na próxima reunião de negociação, prevista para 2023.
Assina aqui o abaixo-assinado online "Por um regime justo de concursos! Pela valorização da profissão docente!" promovido por ASPL, FENPROF, PRÓ-ORDEM, SEPLEU, SINAPE, SINDEP, SIPE e SPLIU.
Se, no entanto, o ME insistir em não alterar as suas posições e decidir avançar com as suas intenções, os professores prometem endurecer a luta. Para dia 4 de março, está já marcada uma manifestação nacional de professores e educadores pela valorização da profissão docente.
Na conferência de imprensa, o Secretário-geral da FENPROF começou por clarificar o que tem estado a ser discutido nas reuniões de negociação sobre a revisão do regime de concursos, na sequência das recentes declarações do ministro da Educação sobre alegada desinformação, bem como da publicação de respostas a perguntas frequentes sobre a negociação publicadas na página do governo no final da semana passada, que os sindicatos consideram pouco esclarecedoras.
Nesse sentido, Mário Nogueira apresentou aos jornalistas os documentos que foram apresentados pelo ME nas reuniões de 22 de outubro e de 8 de novembro com o intuito de demonstrar as intenções reveladas pelo ME na negociação com os sindicatos.
O Secretário-geral da FENPROF lembrou, ainda, que não é apenas a questão da revisão do regime de concursos que está a indignar os professores, mas a ausência de políticas e de soluções para valorizar a profissão docente, tornando-a mais atrativa para os jovens e compensadora para os docentes no ativo.
Assista à conferência de imprensa na totalidade.