por José Feliciano Costa
Secretário-Geral da FENPROF
Em 2007, após a tragédia provocada pelo ciclone Katrina em New Orleans ter provocado danos consideráveis em grande parte das escolas públicas que se situavam nas zonas baixas da cidade, mais propensas a inundações e habitadas pelas comunidades mais pobres, Milton Friedman disse que era uma oportunidade de ouro, não para restaurar o sistema público de ensino, mas para redesenhar um conveniente sistema de ensino privado.
O fecho das escolas afetou profundamente estas famílias e os filhos que as frequentavam e pelo facto de nunca reabrirem, provocaram longos períodos de instabilidade para alunos e professores.
Já havia um plano traçado, infelizmente o Governo aproveitou a tragédia e antecipou a sua conclusão.
O Plano é comum a todas as direitas por esse mundo fora, que não declaram explicitamente guerra à escola pública, mas criam todas as condições para que ela seja afetada.
Reduzem o financiamento, reduzem o papel do estado, criam pressão nos resultados, desvalorizam carreiras e lá, como cá, o resultado é a falta de professores, também uma verdadeira tragédia.