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Opinião

O diabo da realidade

26 de agosto, 2025

Por Francisco Gonçalves, Secretário-Geral da FENPROF

A uma semana do início do ano escolar e a duas do arranque do ano letivo, não são poucas as inquietações para 2025/2026. Os dados para isso apontam: o défice entre entradas na profissão docente e saídas para a aposentação mantém-se; o número de professores disponíveis em reserva de recrutamento é menor que no ano passado; a taxa de insucesso escolar no final do ensino básico cresce; o número de entradas no ensino superior cai...

Para enfrentar os problemas, o MECI desmantela a organização existente e cria, no caso da educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário, duas superestruturas: o Instituto de Educação, Qualidade e Avaliação e a Agência para a Gestão do Sistema Educativo, que, de mão dada com as comissões de coordenação e desenvolvimento regional e autarquias, tudo resolverão.

Depois de um 2024/2025 em que tudo o que correu mal foi, segundo Fernando Alexandre, da responsabilidade do governo PS ou dos serviços do ministério, teremos agora a velha desculpa neoliberal de que o diabo da realidade não se ajusta à luminosa ideia de um ministro e de um governo?