Nacional
Contra a exploração e o empobrecimento

Milhares de trabalhadores na manifestação da CGTP no Porto

08 de junho, 2012
Apesar da chuva, que teimou em acompanhar todo o protesto, milhares de trabalhadores de todos os setores de atividade estiveram presentes na manifestação que a CGTP-IN organizou este sábado, dia 9 de junho,  à tarde, na cidade do Porto. A ação decorreu sob o lema "Contra a Exploração e o Empobrecimento; Mudar de Política - Emprego, Salários, Direitos, Serviços Públicos".

No fim do desfile, o Secretário Geral da Central unitária criticou os membros do Governo que “desprezam as condições dramáticas a que hoje estão sujeitas milhões de pessoas". Lamentando que o Governo vá injetar cerca de cinco mil milhões de euros no capital do BCP e do BPI, Arménio Carlos afirmou: “Pedem sacrifícios ao povo para alimentar os desvarios dos banqueiros”.

"É preciso coragem e vontade política de optar pelo futuro da maioria do nosso povo e afrontar os escandalosos privilégios daqueles que tudo querem e tudo abocanham", frisou o Secretário Geral da CGTP.

A Rotunda da Boavista foi o ponto de concentração desta manif. O desfile e terminou junto à Estação de São Bento,contando com a presença de inúmeros sindicatos das regiões Norte e Centro do país, em representação dos distritos do Porto, Aveiro, Braga, Bragança, Leiria, Guarda, Viana do Castelo, Vila Real e Viseu.

"O capital prefere aplicar o dinheiro
na especulação"

Há alternativas. A solução aos problemas do país passa:
 Pela dinamização da procura interna com o aumento dos salários e das pensões de reforma, para 
aumentar o emprego e combater o desemprego! 
 Pela promoção do investimento, porque sem investimento não há emprego. O capital prefere 
aplicar o dinheiro na especulação em detrimento do sector produtivo, por isso encerram 
empresas, muitas na região norte e centro, por falta de financiamento que nunca falta às grandes 
empresas e aos negócios especulativos!
 Pela aposta na valorização do nosso sector produtivo, defendendo a produção nacional que temos 
e o incremento de novas fileiras produtivas, que dêem resposta às necessidades das populações e 
do país, porque esta é a solução ao problema da dívida e dependência externa!
 Pela valorização dos serviços públicos, com o fim ao estrangulamento financeiro das empresas 
do SEE que se garante o futuro!
Aqui estão algumas das propostas da CGTP-IN!
  
É preciso coragem e vontade política de optar pelo futuro da maioria do nosso povo e afrontar os 
escandalosos privilégios daqueles que tudo querem e tudo abocanham!  5
Para responder a esta ofensiva a luta será determinante. Uma luta que a todos diz respeito, trabalhadores e 
jovens, com ou sem emprego, com vínculos estáveis ou precários, pensionistas e reformados com 
prestações de miséria ou roubadas! 
Sabemos que é difícil, que em jogo está o sistema capitalista e os privilégios de uns poucos que se 
aproveitam da exploração da força de trabalho, que determinam a subordinação do poder político ao 
poder económico. Uns que se pretendem intocáveis, que não param de enriquecer, desbaratam a riqueza 
nacional no jogo especulativo da bolsa e na fuga de capitais para os paraísos fiscais.
Sabemos que a campanha ideológica é fortíssima; que é necessário continuar a agir e lutar para criar
condições para uma correlação de forças que nos seja mais favorável. Mas esta CGTP-IN, organização 
construída e consolidada por homens, mulheres e jovens, não vira as costas aos problemas e à luta pela 
transformação da sociedade e pelo futuro de Portugal!
Vamos unir forças e vontades, exigindo uma efectiva mudança de política, que valorize os trabalhadores, 
assegure o futuro das jovens gerações, seja solidária com os desempregados e respeite os reformados e 
pensionistas.
Com esperança e confiança, é t

"Há alternativas! A solução aos problemas do país passa pela dinamização da procura interna com o aumento dos salários e das pensões de reforma, para aumentar o emprego e combater o desemprego; pela promoção do investimento, porque sem investimento não há emprego (o capital prefere aplicar o dinheiro na especulação em detrimento do sector produtivo, por isso encerram empresas, muitas na região norte e centro, por falta de financiamento que nunca falta às grandes empresas e aos negócios especulativos); passa também pela aposta na valorização do nosso setor produtivo, defendendo a produção nacional que temos e o incremento de novas fileiras produtivas, que dêem resposta às necessidades das populações e do país, porque esta é a solução ao problema da dívida e dependência externa. A solução dos problemas do país passa ainda pela valorização dos serviços públicos, com o fim ao estrangulamento financeiro das empresas do SEE", sublinhou Arménio Carlos.

"Para responder a esta ofensiva a luta será determinante. Uma luta que a todos diz respeito, trabalhadores e  jovens, com ou sem emprego, com vínculos estáveis ou precários, pensionistas e reformados com prestações de miséria ou roubadas!", registou o dirigente sindical, que afirmaria mais adiante:

  • "Sabemos que é difícil, que em jogo está o sistema capitalista e os privilégios de uns poucos que se aproveitam da exploração da força de trabalho, que determinam a subordinação do poder político ao poder económico. Uns que se pretendem intocáveis, que não param de enriquecer, desbaratam a riqueza nacional no jogo especulativo da bolsa e na fuga de capitais para os paraísos fiscais".

     
  • "Sabemos que a campanha ideológica é fortíssima; que é necessário continuar a agir e lutar para criar condições para uma correlação de forças que nos seja mais favorável. Mas esta CGTP-IN, organização construída e consolidada por homens, mulheres e jovens, não vira as costas aos problemas e à luta pela transformação da sociedade e pelo futuro de Portugal!"

     
  • "Vamos unir forças e vontades, exigindo uma efectiva mudança de política, que valorize os trabalhadores, assegure o futuro das jovens gerações, seja solidária com os desempregados e respeite os reformados e pensionistas".


Como destaca a Inter, esta manifestação no Porto e a próxima em Lisboa (sábado, dia 16 de junho, às 15h00, do Marquês de Pombal para os Restauradores) têm como objetivo exprimir todos os protestos, descontentamentos e indignações contra a ofensiva do Governo e do patronato sobre os direitos laborais e sociais dos trabalhadores, contra o trabalho forçado e contra as medidas de austeridade que têm provocado o aumento brutal do desemprego; a diminuição dos salários e das pensões de reforma, com consequências no empobrecimento geral das famílias; a destruição dos serviços públicos e das funções sociais do Estado. / JPO