Terminou este sábado, 13 de outubro, em Lisboa, a Marcha contra o Desemprego, ação da CGTP-IN iniciada no passado dia 5, no Minho e no Algarve. Muitos professores estiveram envolvidos nesta iniciativa.
A coluna do sul concentrou-se no Cais do Sodré e a do norte na Alameda D. Afonso Henriques. A solidariedade com os manifestantes foi uma das notas salientes desta jornada na capital.
Milhares de participantes convergiram de cada um desses locais para a Praça da Figueira e prosseguiram juntos, numa grande manifestação de protesto e de alerta contra o flagelo social do desemprego, que culminou junto à Assembleia da República, onde se registou uma intervenção do Secretário Geral da CGTP-IN, Arménio Carlos (18h30).
Contra o empobrecimento da sociedade
pelo direito ao futuro
O dirigente da Central afirmou que "o Governo deve pedir desculpa aos portugueses e sair pela porta dos fundos" (não faltaram os lenços brancos e palavras de ordem como "Está na hora, está na hora do Governo se ir embora!"), tendo lembrado algumas das propostas da CGTP-IN para o equilíbrio das contas públicas e a promoção do crescimento e do emprego, fatores essenciais no combate ao empobrecimento da sociedade, a grande aposta do Governo PSD/CDS.
"O Orçamento do Estado é um massacre aos rendimentos dos trabalhadores, dos jovens, dos pensionistas, dos reformados e dos micro e pequenos empresários. A despesa pública é incomportável, parasitária e escandalosa. Exigimos que os impostos pagos pelos trabalhadores e pelos pensionistas deixem de alimentar a alta finança e os grandes grupos económicos, que hoje promovem o assalto ao Estado", sublinhou.
Direito à resistência
Avança, entretanto, em todo o país, a preparação da greve geral de 14 de novembro. A Inter agendou também uma ação de rua para dia 31 de outubro, coincidindo com a votação na generalidade da proposta do Governo de Orçamento do Estado para 2013.
Como realçou o Secretário Geral da CGTP, este "é um tempo de exercer o direito à resistência, contra as medidas ilegítimas que põem em causa direitos, liberdades e garantias! Uma resistência que assenta, não na violência, mas nos argumentos e na razão, que nos assiste, bem como na possibilidade concreta de acabarmos com este Governo e esta política, antes que este Governo e esta política acabem com o país! /JPO