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Luta dos professores, face à falta de respostas do ME, anunciada em Conferência de Imprensa

18 de março, 2021

Coimbra, 19 de março, 11 horas

Instalações do Centro de Formação do SPRC (Rua Bernardim Ribeiro, 36 – porta ao lado dos Antigos Orfeonistas de Coimbra)

O Ministério da Educação continua sem dar resposta aos problemas que afetam professores e educadores nos seus direitos, nas suas condições de trabalho e, até, nas suas condições de segurança sanitária nas escolas, agravadas pela situação de pandemia. Essa ausência de respostas é inadmissível: desrespeita o tão propalado diálogo social, subscrito pelo governo português nos fóruns internacionais, mas tão pouco praticado intramuros; contraria o compromisso, assumido em janeiro, p.p., de alterar o relacionamento institucional marcado, nos últimos anos, pelo bloqueio negocial; leva ao arrastamento de problemas que agudizam o mal-estar dos professores na profissão e dificultam a vida das escolas. 

Sem vontade política para dialogar, negociar e resolver problemas, o Ministério da Educação: recusa a negociação das condições de segurança e saúde no trabalho, apesar de esta ser matéria que é objeto de negociação coletiva; viola as normas legais de negociação coletiva ao decidir, unilateralmente, não desenvolver processos negociais iniciados pela FENPROF; arrasta problemas relacionados com a progressão nas carreiras ou a avaliação do desempenho; usa a precariedade para satisfazer necessidades permanentes das escolas e do sistema educativo; fecha os olhos a abusos e ilegalidades praticados na organização e duração dos horários de trabalho dos docentes; não cumpre nenhum dos compromissos que assumiu no sentido do rejuvenescimento dos docentes, recusando alterar o regime de aposentação e não aplicando a pré-reforma; desrespeita a lei, obrigando os professores a adquirir os equipamentos e suportar todas as despesas do teletrabalho… 

À falta de soluções para os problemas, ao bloqueio negocial que se mantém e às injustiças e ilegalidades praticadas, os professores não podem responder de outra forma que não seja lutando, pois todas as tentativas de promover o diálogo e a negociação foram goradas pela falta de vontade política do Ministério da Educação para valorizar essas vias. 

Amanhã, 19 de março, a FENPROF promove uma Conferência de Imprensa, na qual será divulgada a forma de luta a que, em abril, os professores irão recorrer e os seus objetivos. 

 

O Secretariado Nacional