Nacional
Docentes concentratram-se à porta da antiga FIL, na Junqueira, onde decorreu o Fórum Global da OIT sobre "Trabalho Digno para uma Globalização Justa"

Lisboa: Professores de Português/Francês levam protesto à porta de uma iniciativa da OIT e conseguem entregar carta ao PM

30 de outubro, 2007

Os professores do grupo de recrutamento "210" (Português e Francês do 2º Ciclo), vítimas de um procedimento ilegal do M.E., estão impedidos de ser contratados através das "colocações cíclicas", pois a DGRHE/ME está a preencher as vagas existentes nas escolas, naquele grupo, com a contratação de docentes de outro grupo (300), que não são candidatos nem reúnem os requisitos habilitacionais para serem colocados no grupo "210".

A FENPROF já por várias vezes apresentou o problema no Ministério da 5 de Outubro e propôs soluções. da parte do ME, nunca houve uma resposta que apontasse para a resolução desta ilegalidade e injustiça. Também já o apresentou na Provedoria de Justiça, aguardando-se uma posição sobre o assunto.

"Vergonha nacional"

Continuando a denúncia do problema, os professores desempregados do grupo "210" distribuiram um documento aos participantes no Fórum Global da OIT sobre Trabalho digno para uma Globalização Justa, agendado para o Centro de Congressos de Lisboa (antiga FIL). Nesse breve documento (com a mensagem em português, francês e inglês), explica-se que "o Ministério da Educação coloca professores sem qualificação profissional, deixando os professores qualificados no desemprego", concluindo: "É uma vergonha nacional".

Na abertura dos trabalhos desse Fórum (31 de Outubro),  a FENPROF alertou, de novo, para a situação que envolve estes professores.
Estiveram presentes diversos docentes do grupo "210" que prestaram declarações aos jornalistas sobre este grave problema que os afecta. Também presentes os dirigentes da FENPROF António Avelãs, Anabela Delgado e João Louceiro.

Nem as pressões policiais, nem o passo acelerado imposto pelos seguranças do Primeiro Ministro impediram que uma das docentes que participou nesta acção da FENPROF conseguisse entregar uma esclarecedora Carta a Sócrates. / JPO