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Luis Lobo SPRC e SN da FENPROF

Informação e Propaganda Uma tarefa de todos. Uma batalha a travar!

04 de julho, 2004

Na actividade sindical docente é fundamental investir na informação como uma área central do nosso trabalho.

 A informação e a comunicação, de um modo geral, são fenómenos de importância capital em sociedades onde os conhecimentos e os padrões de vida evoluem a um ritmo cada vez mais acelerado e onde a confrontação ideológica se processa de forma intensa.

 Às vezes não nos apercebemos que somos permanentemente pressio­nados, orientados e formados por uma informação que actua sobre nós e que a informação é um instrumento poderoso, capaz de influenciar e conduzir as pessoas e os povos.

 A nossa luta é tão importante, que devemos assumir a informação como parte integrante da nossa luta.

 A nossa luta é também uma luta:

 -pela democratização da informação. Esta luta é componente essencial da democratização do país e da garantia da nossa independência (mesmo num quadro restrito do que significa hoje independência nacional).

 A eficácia da acção sindical dos professores depende significativamente da forma como se processa a comunicação em geral.

 Não basta considerar a realidade.

 É fundamental analisar os fenómenos e todas as suas implicações e, a partir desta análise, encontrar as respostas para a acção e para uma intervenção eficaz no campo da informação e propaganda.

 Compete-nos a todos, responsáveis sindicais, todos nós, agir nesta frente com uma atenção proporcional à sua importância.

 Nesta batalha por uma informação verdadeira e por uma informação de intervenção social que una e mobilize os professores e os educadores, já contamos com meios mais sofisticados quer de equipamentos, quer materiais ou de recursos humanos, indubitavelmente melhores e em maior número do que há 12 anos atrás, quando a FENPROF e os seus Sindicatos transformavam esta frente numa verdadeira prioridade.

 Mas há muito mais a fazer, bastando, para tal, que a vontade se sobreponha às dúvidas sobre a oportunidade de intervir, seja na estrutura sindical, seja na escola, no local de trabalho.

 QUAIS SÃO OS MEIOS DE QUE DISPOMOS PARA INFORMAR E AGITAR AS MASSAS DE TRABALHADORES QUE DIRIGIMOS?

 Saliento apenas alguns: as reuniões sindicais, as assembleias de delegados sindicais, as manifestações gerais e os plenários, os colóquios e os seminários, os encontros e as concentrações, os espectáculos e as exposições. Todos são exemplos de espaços onde a acção da informação e da propaganda é determinante. São excelentes instrumentos de propaganda e exigem de todos nós o nosso envolvimento permanente. Ou seja, o contacto directo com os trabalhadores e a participação activa dos dirigentes nas iniciativas sindicais são os meios mais capazes de influenciar, internamente à profissão, a luta dos trabalhadores e a sua intervenção social.

Os cartazes, os folhetos, os volantes, os jornais e as revistas são apenas auxiliares. Importantes? Mas apenas auxiliares?

 Tenhamos agora presente que:

 -        aprendemos 11% escutando;

-        83%, vendo;

-        lembramos 20% do que ouvimos, 50% do que ouvimos e vemos e 90% do que executamos.

 Por este motivo a eficácia da informação sindical exige:

-        planificação da acção nesta frente;

-        conjugação dos vários níveis de actuação

-        e, como é claro, envolvimento na acção.

 A informação não substitui a organização nem dá vida ao movimento sindical.

De que nos serve produzir informação para os delegados sindicais se não os tivermos?

De que serve tê-los se não os reunirmos?

De que serve reunirmos os delegados sindicais se não os escutarmos? Ou se não tivermos nada para lhes dizer?

 Mas, o mesmo se passa a nível da escola:

De que serve aos professores terem delegados sindicais se estes não tiverem uma acção coordenada com os seus colegas?

 Essa capacidade de lutar, a acção unida, persistente e determinada dos professores, essa consciencialização dos professores terá de ser feita por todos nós.

 Colegas,

 Assumirmo-nos como actores solidários de uma escola democrática e transformadores desta realidade é tarefa central do activista sindical. Assumamos que a construção de uma sociedade justa depende, também, de em cada escola, em cada local de trabalho fazermos a batalha da informação sindical.

 VIVAM OS PROFESSORES, O 8.º CONGRESSO E A FENPROF!

 VIVAM OS QUE NÃO DESISTEM DE DAR ROSTO AO FUTURO!