Na dupla perspectiva de abordagem do problema dos horários de trabalho e da sobrecarga sobre os alunos e sobre os professores, Margarida Brás, docente na Escola do 1.º CEB de S. Silvestre, juntou-se à Campanha Nacional “1.º CEB: Caminhos para a sua valorização”.
Com um discurso claro e conciso, abordou os aspectos essenciais que se colocam e sobre os quais é necessário rapidamente intervir. É o caso das actividades de enriquecimento curricular que são mais escola em cima da escola, prolongando horários e descontinuando estratégias e actividades. Para além desta questão, as AEC acabam por transformar os horários em autênticas mantas de retalhos e a não obrigatoriedade transforma-se em obrigação – uma prisão, como alguns e algumas colegas têm vindo a referir neste contacto com as escolas.
Uma sobrecarga sobre alunos que chegam a passar mais de 9 horas nas escolas a que pertencem, pois as AEC estão centradas na resolução de um problema administrativo e de imagem pública e não na criança, a quem deviam dirigir-se.
Outro aspecto tratado está relacionado com o facto de os professores do 1.º ciclo terem de fazer, na maior parte dos casos, viagens longas e demoradas entre os locais de residência e de trabalho, o que, com esta desorganização, que acompanha a descaracterização a que o sector está sujeito, acrescenta cansaço e desgaste sobre a profissão.
Este foi mais um dia produtivo nesta acção conjunta dos vários sindicatos da FENPROF, com os professores a participarem e a dar a cara, perante os órgãos de comunicação social, para tornarem públicos os seus problemas.
A Direcção Distrital de Castelo Branco confirmou hoje realização de um grande encontro distrital de professores do 1.º ciclo do ensino básico, no 3.º período, onde, depois dos contactos que estão a ser realizados em várias escolas do distrito, se discutirão os vários problemas de que padece o sector e a forma de os ultrapassar, para que, dessa forma, os professores dêem o seu contributo para a intervenção da FENPROF.