Nacional
Adesão global no primeiro dia de paralisação chegou aos 80 por cento (F.Comum) / TSF, 9/11/2006

Greve na Administração Pública: Frente Comum acusa Governo de violar lei da negociação

13 de novembro, 2006

A Frente Comum acusou o Governo de violar a lei da negociação e recusou que os sindicatos sejam resistentes à reforma do sector, numa resposta a declarações do ministros das Finanças à entrada para o último de debate do Orçamento de Estado para 2007.

«O Governo violou constantemente a lei da negociação ao chegar à mesa das negociações com propostas feitas e fechadas», afirmou Ana Avoila, em conferência de imprensa, onde foi apresentado um primeiro balanço da greve da Função Pública.

Segundo esta estrutura sindical afecta à CGTP-IN, a adesão global neste primeiro dia de paralisação chegou aos 80 por cento, tendo-se feito sentir em particular nos sectores da saúde, da educação e da segurança social.

Ana Avoila destacou as elevadas taxas de adesão nas urgências de Santa Maria e S. José (cem por cento) e em S. Francisco Xavier e Capuchos (95 por cento), bem como as «inúmeras escolas» que encerraram em todo o país.

A sindicalista aproveitou ainda para destacar, em particular, a situação do maior centro distrital da segurança social, localizado no Areeiro, em Lisboa, onde os serviços informativos estão encerrados, tendo os restantes serviços registado adesões de 95 por cento.

Relativamente ao segundo dia de paralisação marcado para sexta-feira, Ana Avoila disse acreditar numa manutenção dos níveis de adesão à greve, admitindo, contudo, que estes podem mesmo subir.

«Dois dias de greve é muito pesado para o bolso dos trabalhadores», recordou Ana Avoila, que diz ter indicação de alguns piquetes de greve de que alguns trabalhadores que não fizeram greve esta quinta-feira poderão fazê-lo na sexta-feira.
TSF, 9/11/2006