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Secretário Regional da Educação, Álamo de Menezes, não comenta...

Governo açoriano reavalia permanência de professores nas escolas

19 de outubro, 2005
O presidente do Governo açoriano, Carlos César, anunciou que está a reavaliar a decisão de aumentar o tempo de permanência dos professores nas escolas, alegando falta de condições de alguns estabelecimentos para a aplicação da medida.

Carlos César adiantou que a avaliação do Governo surge após um "período experimental" da aplicação do diploma, no qual foi detectado que "algumas escolas não têm capacidade" do ponto de vista de organização dos seus espaços ou das tarefas de apoio aos alunos para adoptarem a medida com uma "rigidez absoluta".

Depois de receber alguns parceiros sociais a propósito das propostas de Plano e Orçamento para 2006, o presidente do Executivo açoriano considerou, porém, que os conselhos executivos das escolas "têm que compreender" que a norma do Governo Regional aponta "um tempo máximo e não um tempo obrigatório" (de permanência dos professores).

"Houve uma orientação da parte do Governo Regional no sentido de alargar o tempo máximo de permanência dos professores para 26 horas" (semanais), disse.

Recentemente, sindicatos de professores da região manifestaram-se contra a medida de aumentar o tempo que os docentes têm de permanecer nas escolas, alegando que a decisão não teve em conta o tempo necessário para outras actividades ligadas à profissão.

"Não faz sentido manter nas escolas professores sem lugar para se sentarem, sem uma sala ou sem um aluno para apoiarem, se eles não são efectivamente necessários", admitiu Carlos César.

Defendeu que o tempo máximo tem de "ser gerido" pelos conselhos executivos de forma "a não sacrificarem inutilmente um professor, obrigando-o apenas a uma presença física sem quaisquer consequências positivas para as escolas".

 LUSA
2005-09-28
21:40:05